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 | 22/01/2009 10h31min

Japão deve sofrer recessão até 2010

Superávit comercial do país caiu 80% em 2008

O Japão se prepara para dois anos de recessão, após ver seu superávit comercial cair 80% em 2008.  Em sua reunião mensal, o Banco do Japão (BOJ) reduziu hoje (22) as previsões de crescimento que estabelecera antes da crise para 1,8% em março, ao término do ano fiscal 2008.

O BOJ descartou o crescimento zero que previra anteriormente para 2009 e preferiu falar de uma recessão de 2%. De acordo com suas estimativas, a recuperação não começará até 2010, quando o ano fiscal deve fechar com aumentos acima de 1%.

A segunda metade de 2008 só trouxe nuvens aos horizontes de vendas dos grandes fabricantes japoneses. A má evolução das exportações na segunda metade do ano e, sobretudo, em dezembro, quando elas caíram 35%, aproximou o Japão do fantasma do déficit comercial, segundo os dados divulgados pelo Ministério das Finanças.

No ano passado, o balanço comercial positivo, base da bonança econômica japonesa, caiu para 2 trilhões de ienes (US$ 22,4 bilhões), o nível mais baixo dos últimos 26 anos, após cair 80%.    As exportações foram 3,4% menores do que as de 2007, enquanto as importações encareceram pelo sétimo ano consecutivo, desta vez em 7,9%.

Dezembro foi o terceiro mês consecutivo no qual a balança comercial japonesa registrou saldo negativo, de 320,662 bilhões de ienes (US$ 3,58 bilhões), depois que os efeitos da crise mundial reduziram drasticamente a demanda dos EUA, Europa e seus principais parceiros comerciais na Ásia.

A força exportadora do Japão se ressente principalmente devido à redução da demanda internacional de automóveis e de tecnologia. Companhias japonesas como a Sony sofreram as primeiras perdas operacionais de sua história e se uniram a outros grandes grupos como Toyota, NEC e Nissan em seus programas de demissões.

O Banco Central Europeu (BCE) afirma, em seu boletim de janeiro, divulgado hoje (22), que "a economia da zona do euro sofre um arrefecimento significativo" por causa da intensificação das turbulências financeiras. O documento ainda informa que "a demanda global e da zona do euro vão cair durante um período de tempo prolongado".

A entidade diminuiu as taxas de juros em meio ponto percentual na semana passada, para 2%.

EFE
 
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