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 | 21/03/2003 17h21min

EUA fazem o mais forte bombardeio contra Bagdá

Alvos seriam prédios do governo de Saddam Hussein

As forças aliadas realizaram na noite desta sexta (15h de Brasília) o mais forte ataque à Bagdá. Quase ao mesmo tempo, outras cidades do norte do Iraque também sofreram fortes bombardeios.

As redes de televisão testemunharam uma série de explosões de grandes proporções na capital iraquiana. Os alvos seriam prédios do governo de Saddam Hussein. Parte do complexo do Palácio Presidencial também pegou fogo. Pelo menos três grande incêndios consumiram edifícios da cidade.

As luzes em Bagdá continuavam acesas, o que indica que os americanos não estavam, pelo menos por enquanto, mirando a infraestrutura civil da cidade. Os ataques não devem poupar os sistemas de comunicação, rádio e televisão, para impedir que o regime possa se comunicar com seus cidadãos e com suas tropas em outras partes do país.

Centenas de investidas aéreas estariam sendo planejadas contra o regime de Saddam Hussein. A Casa Branca já anunciara que Bagdá seria alvo do maior ataque já realizado em todos os tempos contra um inimigo americano. De acordo com fontes do Pentágono, mais de 3 mil bombas guiadas lançadas por aviões e guiadas por satélite fariam parte do ataque aéreo batizado pelo Exército americano de "Choque e Medo".

No norte do país, a cidade de Mosul foi atingida por ataques de aviões, informou a rede de televisão Al-Jazeera. Testemunhas também afirmaram terem visto duas grandes explosões no centro de Kirkuk, também no norte do Iraque.

O grande ataque aconteceu no mesmo dia em que tropas britânicas e norte-americanas avançam pelo sul e norte do Iraque com destino à Bagdá.  As tropas encontraram resistência apenas esporádica.

Os norte-americanos disseram que esperam derrubar Saddam Hussein sem toda a força e fúria de uma guerra aberta. O principal porta-voz do quartel-general das forças britânicas no Catar, capitão Al Lockwood afirmou que as forças podem chegar à capital iraquiana em três ou quatro dias.

Cerca de 250 de soldados iraquianos cruzaram a fronteira com o Kuwait para se render, acenando com bandeiras, para fuzileiros navais dos EUA e britânicos. As rendições ocorreram em sua maioria em Umm Qasr.

Um porta-voz do Comando Central dos EUA no Qatar afirmou que um fuzileiro naval americano morreu em ação, mas não disse quando ou onde. A informação foi confirmada pelo secretário de Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld. Esta foi a primeira morte aliada em combate durante a guerra. Informações de redes de televisão dão conta que um segundo fuzileiro norte-americano também teria morrido em combate.

Soldados britânicos usaram ataques combinados por ar e terra na madrugada de sexta para assumir o controle da Península de Faw, sul do Iraque, que se estende do Golfo Pérsico até Basra, o que põe as forças da coalizão no controle dos principais dutos de petróleo iraquianos. Os soldados aliados avançam rumo à cidade estratégica de Basra - de maioria de população xiita, cercada por poços de petróleo.

A bandeira norte-americana já tremula num porto da cidade de Umm Qasr. O ministro da Defesa da Grã-Bretanha, Geoff Hoon, disse entretanto que a batalha continua pela cidade, único porto comercial de águas profundas do país.

A 3ª Divisão de Infantaria dos Estados Unidos avançou pelo menos 150 quilômetros em território iraquiano. Forças norte-americanas entraram no deserto do sul do Iraque e tomaram a direção norte para Bagdá, passando por campos de petróleo em chamas.

Na madrugada desta sexta, 12 soldados britânicos e quatro americanos morreram na queda de um helicóptero da Fuziliaria Naval dos Estados Unidos. O helicóptero CH-46E caiu a cerca de 16 quilômetros ao sul da fronteira do Kuwait com o Iraque.

 
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