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 | 20/01/2009 17h19min

Capacidade de Obama dar resposta a curto prazo é pequena, diz embaixador

Presidente dos EUA deve utilizar elementos simbólicos para passar mensagem de mudança

Barack Obama assume como 44º presidente dos Estados Unidos numa atmosfera de muita expectativa e esperança ante a crise econômica e uma mudança de postura dos Estados Unidos em questões mundiais. Segundo o embaixador aposentado Sérgio Amaral, será difícil para o democrata não frustar a grande expectativa em relação à crise econômica:

— O que Obama pode fazer a curto prazo, frente a essa expectativa, é pouco. Ele está se concentrando no que aqueles que o elegeram mais se preocupam, que é a questão do emprego. Mas é evidente que ainda que o pacote seja bastante, ele não é suficiente para reverter uma crise que está em seu meio e nós não sabemos nem quando poderá começar a ser revertida.

De acordo com Amaral, que concedeu entrevista à Rádio Gaúcha, o novo presidente americano vai lançar mão de todos os elementos simbólicos para passar à população americana e ao mundo a ideia de que ele está junto àqueles mais necessitados. O embaixador cita como exemplo a foto divulgada por diversos jornais tirada ontem, em que Obama se fez fotografar num abrigo pintando paredes:

— Ele vai ter que recorrer muito a essa questão simbólica pois a sua capacidade de dar resposta a curto prazo é pequena. Nesse início de governo, Obama vai poder fazer pouco do muito que se comprometeu a fazer e portanto vai ter que lançar mão de todos os instrumentos simbólicos que ele puder para continuar a passar essa mensagem de mudança.

No âmbito internacional, Obama costuma se manifestar sobre a ocupação do Iraque, a situação do Oriente Médio e do Afeganistão. No discurso da posse, o presidente recém-empossado não fez nenhuma referência à América Latina, o que deve ser encarado como algo bom, segundo Amaral:

— Nós precisamos reconhecer que nós não somos — o que é muito positivo — nenhum foco de problema. E por isso, eu acho que nós não estamos na lista de prioridades do governo americano. Isso não quer dizer, a meu ver, negligência, desconhecimento ou falta de interesse — afirmou.

— Em relação à América Latina, o que nós podemos esperar como uma de suas primeira medidas é fechar a base de Guantánamo, onde presos provenientes do Iraque e Afeganistão foram torturados.

O segundo passo, segundo o embaixador, deve ser uma progressiva normalização das relações entre Estados Unidos e Cuba:

— A questão de Cuba é uma anacronismo para o governo americano.

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