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 | 16/01/2009 20h17min

Policiais procuram por turbinas de avião

Segundo Cenipa, os três maiores aeroportos do país registram oito incidentes por mês

Mergulhadores da polícia norte-americana estão a procura das turbinas do avião da US Airways, acidentado no dia anterior em Nova York. As peças, acreditam os investigadores, devem estar submersas no Rio Hudson, onde a aeronave fez um pouso de emergência na quinta-feira, após ter sofrido problema, aparentemente, provocado por urubus que teriam sido tragados pela turbina.

O esforço a partir de agora é recuperar a caixa-preta. Uma equipe de 20 pessoas investiga o acidente.

— Uma vez que tenhamos as informações do voo, poderemos descobrir quando a turbina se separou do avião —, disser Peter Knudson, porta-voz do Comitê Nacional de Segurança dos Transportes.

Especialistas confirmam que o choque com pássaros pode ter sido o motivo do acidente. O piloto do voo 1549 reportou aos controladores um "duplo choque com pássaros", momentos depois da decolagem. Como consequência, a aeronave perdeu força propulsora nos dois motores, afirmou Alex Caldwell, porta-voz da Associação Nacional de Controladores de Tráfego Aéreo. Mas o presidente da Associação de Pilotos de Linha Aérea afirmou que a mensagem do piloto pode ter significado que não é fácil saber quantos pássaros atingiram o avião.

Episódio como o ocorrido nos Estados Unidos envolvendo aviões e aves não é incomum no Brasil também. Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), os três maiores aeroportos brasileiros registram quase oito incidentes entre aeronaves e pássaros a cada mês. O Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro, lidera a lista de aeronaves que se chocam com pássaros. Em 2008, foram 50 registros. Na sequência, aparece o Aeroporto Internacional de Guarulhos, com 25, e de Congonhas, com 16, ambos em São Paulo.

De acordo com o diretor técnico do Sindicato Nacional de Empresas Aeroviárias, Ronaldo Jenkins, incidentes com aves aumentam a cada ano devido ao crescimento do tráfego aéreo e ao desmatamento, que gera um deslocamento das aves para áreas com maior fluxo de ar, como os aeroportos. Os lixões e a ocupação irregular também são empecilhos para a segurança.

Para tentar diminuir o número de acidentes aéreos foi formada a Comissão do Perigo Aviário, que é uma entidade do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da qual fazem parte órgãos governamentais, como Ibama e Infraero e também empresas aéreas. Ronaldo Jenkins informou que os registros de incidentes são encaminhados para a Comissão, mas ainda é limitada a redução de impactos com aves.

Com informações do G1.

Veja como foi o acidente:

 
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