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 | 13/01/2009 21h19min

Brasil é o segundo país mais otimista sobre a crise, diz pesquisa

Segundo levantamento internacional, 34% acham que a crise vai melhorar

Os resultados de uma pesquisa inédita revelaram que o brasileiro está entre os mais otimistas do mundo em relação aos efeitos da crise financeira internacional. A pesquisa ouviu 16 mil pessoas em 17 países entre novembro e dezembro de 2008. No Brasil, o levantamento foi realizado pelo Ibope, que fez 2 mil entrevistas em todos os Estados.

Levando em consideração os números globais, aproximadamente metade do mundo teme pelo pior. No mundo, 49% acham que a crise vai piorar, e apenas 12% acham que vai melhorar.

— A impressão que se tem vendo o comércio, vendo as demissões na indústria automobilística, é que está piorando — afirma o médico Poti Avrene.

Os mais pessimistas vivem em ilhas — os britânicos (78%) e os japoneses (70%). Os continentais alemães vêm na terceira colocação, com 68% de pessimistas.

Emergentes otimistas

Otimismo, os pesquisadores só encontraram nos países em desenvolvimento, as chamadas economias emergentes. Indianos, chineses e brasileiros parecem estar na contramão desse mau humor internacional.

Os indianos são os líderes, com 39%, seguidos pelo Brasil (34%) e pela China (27%). Portanto, o Brasil é o vice nesse campeonato. 34% dos entrevistados esperam melhora, enquanto 14% estão pessimistas.

Quanto maior a renda, maior a desconfiança. Nas classes A e B, só 25% apostam em melhora. Na classe C, são 31%, e nas D e E essa índice atinge 47%.

Aumento da renda

Se o assunto é renda familiar, os brasileiros são os mais otimistas: 79% dizem que a renda vai aumentar.

A confiança na capacidade do governo administrar a crise é outro indicador de otimismo. Numa escala de um a dez, os brasileiros (6,7) só perdem para os chineses (7) na nota que dão ao governo. Com Barack Obama no poder, a fé dos americanos também está alta, com 6,3.

O economista Antônio Corrêa de Lacerda acha que o brasileiro mantém o otimismo porque é um sobrevivente da economia.

— O longo processo de inflação e vários outros problemas que já tivemos na economia fez com que as pessoas se adaptassem rapidamente as novas situações. Essa postura é boa — explica.

As informações são do site G1 e do Jornal Nacional.

 
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