O número de solicitações de hipotecas apresentadas na semana passada nos Estados Unidos foi 155% superior ao do mesmo período do ano passado, informou nesta quarta-feira a Associação Hipotecária de Bancos (MBA, na sigla em inglês). No entanto, comparado ao registro de uma semana atrás, o número de solicitações apresentadas quase não variou.

Por tipos de empréstimos, os solicitados para refinanciar uma hipoteca já existente aumentaram 0,4% em relação à semana anterior, e os reivindicados para investir em um imóvel aumentaram em 1,4%. Nas últimas quatro semanas, a solicitação de empréstimos hipotecários aumentou 10,3% sobre o mês anterior, empurradas pelos pedidos de créditos de refinanciamento. Esse tipo de crédito aumentou 15,7%, contra a uma queda de 3,2% registrada entre as hipotecas solicitadas para comprar um imóvel.

Do total dos pedidos apresentados na semana passada, 82,9% foram para refinanciar empréstimos já existentes, o que representa uma ligeira queda em comparação aos 83,2% dos sete dias anteriores. A taxas de juros foi de 5,03% para os empréstimos a 30 anos, contra 5,04% de uma semana atrás e 6,05% de há um ano.

Essa redução das taxas de juros poderia estar entre as razões de que pouco a pouco se vá reativando o pedido de créditos (especialmente os de refinanciamento), um mercado que praticamente ficou congelado com a crise financeira. Em 16 de dezembro, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) fixou as taxas de juros de referência entre 0% e 0,25%, marcando o fim de uma série de cortes iniciados em setembro de 2007, quando essa porcentagem estava em 5,5%.

Além disso, o Fed se comprometeu a comprar até US$ 500 mil em dívidas respaldadas por hipotecas. Tudo isso repercute nas taxas de juros aplicadas pelos bancos na hora de conceder empréstimos, de modo que os 5,03% atuais são o valor mais baixo desde os 4,99% de junho de 2003.

Entenda a crise financeira mundial: