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 | 30/12/2008 10h50min

Bolsa de Tóquio encerra seu pior ano com baixa de 42%

Devido à crise global, o Japão entrou oficialmente em recessão em 2008

A Bolsa de Tóquio, a mais importante do mundo depois da de Wall Street, fechou hoje o pior ano de sua história com baixa de 42%, influenciada pela crise econômica global e pela valorização do iene.

Se o índice Nikkei concluiu 2007 em 15.307,78 pontos, acaba 2008 nos 8.859,56 — 6.448,22 a menos que no último ano — apesar de encerrar a sessão de hoje com um pequeno aumento de 1,28%.

Em seus 58 anos de história, A Bolsa de Valores de Tóquio, que tinha marcado no final de 1989 seu recorde anual com quase 39.000 pontos, nunca tinha vivido algo parecido.

O baque percentual foi maior que a diminuição de 38,7% registrada em 1990, com a explosão da bolha financeira japonesa, e da queda de 27% de 2000. Este foi um ano catastrófico para a Ásia, uma região muito dependente das exportações de suas grandes empresas.

Sofreram muito as empresas japonesas que cotam no seletivo Nikkei, em especial as montadoras de automóveis e os gigantes da eletrônica, os mais atingidos pela desaceleração global do consumo e pela valorização do iene.

A Toyota, principal empresa do Japão, perdeu nada menos que metade de seu valor de cotação na bolsa em um ano em que, pela primeira vez desde a década de 40, anunciou que terá prejuízos em seu lucro por operações.

Pior ainda lhe foi a Sony, que perdeu quase 70% de seu valor na bolsa em 2008. Além disso, 2008 foi o ano no qual o Japão, segunda maior economia do mundo, entrou oficialmente em recessão, algo que este governo atribui à crise global que reduziu a fome pelas exportações japonesas.

Em novembro o Japão registrou seu segundo mês consecutivo de déficit comercial pela primeira vez desde 1980 por causa de uma queda acentuada das exportações superior a 26%.

Em grande parte isto se deve à forte revalorização do iene, transformada em moeda de refúgio neste período de turbulências financeiras globais e que este ano aumentou mais de 20% frente ao dólar e ao euro. Isso dizima os lucros obtidos no exterior pelas gigantes empresariais japonesas, que sem exceção tiveram que ajustar para baixo os cálculos de lucro que previam no início de ano.

Entenda a crise financeira:

EFE
 
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