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 | 22/12/2008 13h27min

Lula contraria BC e diz que Brasil deve crescer 4% no próximo ano

Estimativa do Banco Central divulgada hoje é de que país cresça 3,2% em 2009

Atualizada às 18h30min

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva contrariou nesta segunda-feira a estimativa do Banco Central sobre o crescimento do país em 2009 divulgada hoje afirmou que o país deve crescer 4% no ano que vem. Segundo relatório do BC, próximo ano será de desaceleração por causa da crise financeira internacionalb e estimou crescimento de 3,2%.  Durante discurso na cúpula entre Brasil e União Européia, no Rio, Lula disse que o país não deve crescer como ele "gostaria", mas estimou alta de 4%:

— Não vamos entrar em recessão. O país vai continuar crescendo. Pode não crescer 6%, 7%, como eu gostaria, mas poderá crescer 4% e vamos trabalhar com isso. Apesar de gente dizer que o Brasil vai crescer 2,8%, 3%, no governo e na equipe econômica vamos trabalhar com expectativa de 4%.

Segundo o relatório, a estimativa maior para 2008 é resultado da incorporação do crescimento econômico observado no terceiro trimestre deste ano. "Ressalte-se que o resultado expressivo assinalado no terceiro trimestre do ano não refletiu os impactos do agravamento da crise nos mercados financeiros sobre as condições de crédito e o nível de incertezas de consumidores e empresários, ambiente que deverá se traduzir em desaceleração da atividade econômica no último trimestre do ano", informa o relatório.

"Especulação desavergonhada"

Lula defendeu uma ampla reforma do sistema financeiro internacional para evitar que novas crises ocorram e disse que os atuais problemas econômicos são resultado de uma "especulação financeira desavergonhada":

— Precisamos reforçar os mecanismos de controle, a transparência e representatividade de decisões que afetam toda a humanidade. Muitos não podem continuar pagando pela irresponsabilidade de poucos.

De acordo com o presidente, a resposta do país à crise tem sido "apostar no investimento, na expansão do consumo, na defesa dos empregos e no apoio às indústrias". De improviso, voltou a afirmar que continua otimista e que apenas com a manutenção do consumo o país poderá reverter os efeitos negativos da crise econômica.

— Sou o maior estimulador da retomada do crescimento. Vou para a televisão todo dia pedir para comprar, exportar e importar porque isso é que roda a roda da economia.

Participam também do seminário os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso. O encontro busca estimular o intercâmbio comercial entre os dois países. Com informações são do G1


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AGÊNCIA BRASIL
 
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