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 | 17/12/2008 19h39min

América Latina e Caribe levarão ao G20 Financeiro propostas para enfrentar crise

Países pedirão a reforma dos organismos financeiros multilaterais

Brasil, Argentina e México levarão para o G20 Financeiro, grupo que reúne presidentes de Bancos Centrais e ministros de Finanças dos países desenvolvidos e dos principais emergentes, uma proposta comum da América Latina e do Caribe para o enfrentamento da crise financeira internacional. Por sugestão da presidente chilena, Michelle Bachelet, o consenso será articulado em uma reunião no Chile, ainda sem data definida.

Reunidos em Washington, no dia 15 de novembro, chefes de governo das grandes economias desenvolvidas e em desenvolvimento definiram o prazo de 31 de março para a elaboração de propostas para regulação dos mercados financeiros. Uma nova cúpula está prevista para 30 de abril. Brasil, Argentina e México são os únicos países das regiões que participam do grupo.

Em entrevista coletiva nesta quarta, dia 17, após o encerramento da Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento, o presidente do México, Felipe Calderón, antecipou que a posição conjunta pedirá a reforma dos organismos financeiros multilaterais, particularmente o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e até mesmo o Banco Interamericano de Desenvolvimento e bancos regionais.

– Ficou evidenciada sua incapacidade frente a crises da magnitude desta que estamos vivendo – justificou Calderón.

Os lideres latino-americanos e caribenhos também recomendarão que se evite o ressurgimento do protecionismo.

–Tirar dos países da América Latina e do Caribe a possibilidade de aceder a mercados muito mais completos e integrados só agravaria a crise e reduziria as possibilidades de investimento, crescimento e emprego – avaliou.

Por fim, os presidentes latino-americanos e caribenhos devem defender uma nova regulação dos mercados para evitar os “abusos” que levaram à atual crise financeira.

– É visível que a mão invisível do mercado falhou e se requer uma mão forte, visível e clara do Estado que regule o mundo financeiro que apostou, equivocadamente, n auto-regulação – frisou o presidente mexicano.

AGÊNCIA BRASIL
 
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