| 17/12/2008 08h40min
A maior crise mundial nos últimos 70 anos derrubou as exportações das empresas joinvilenses. O tropeço nas vendas em outubro — queda de 3,89% em relação ao mesmo mês de 2007 — virou um tombo feio em novembro. Foram comercializadas US$ 91,8 milhões, 31,3% a menos do que em igual período do ano anterior, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
— Isso já era esperado — diz Maria Tereza Bustamante, presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc.
Além da retração da demanda internacional em função da crise, Bustamante avalia que a desvalorização do real frente ao dólar e o fechamento do porto de Itajaí, em função da chuva, também colaboraram para o resultado negativo.
— Os empresários se viraram do avesso para não deixar de embarcar mercadorias, mas é certo que o fechamento de Itajaí teve impacto — afirma.
Mesmo o câmbio que poderia ser um aliado nas vendas de Joinville para o exterior acabou se transformando em algoz.
— Os empresários lá fora querem
renegociar os contratos. O dólar mais alto tem o efeito positivo da continuidade nos negócios, mas prejudica o reembolso do exportador — analisa Bustamante.
Apesar do dólar mais caro, as importações joinvilenses não sofreram o mesmo impacto. Foram US$ 56,9 milhões em produtos comprados do exterior, 20,97% a mais do que em novembro do ano passado. Nas exportações, o resultado ruim tende a se agravar em dezembro.
— A partir de agora, as empresas não vão mais fechar contratos válidos por um semestre. A tendência, é que sejam negociados prazos menores, para que possam ir monitorando os acontecimento do mercado e ajustando preços — adianta Maria Tereza.
Ainda assim, 2008 deve fechar o ano no azul em relação às vendas ao exterior. Com gordura de sobra para queimar no final do ano — em função dos bons resultados registrados até setembro — Joinville deve celebrar o ano novo com recorde nas vendas externas. O US$ 1,6 bilhão está bem próximos do resultado
dos doze meses de 2007.
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