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 | 17/12/2008 06h42min

RS terá investimento de US$ 1,2 bilhão em gás natural

Terminal e usina térmica vão reforçar abastecimento de energia

Duas cerimônias, uma nesta quarta, dia 17, no Palácio Piratini, e outra nesta quinta, dia 18, na cidade de Rio Grande, vão dar a partida de um projeto com investimento privado acima de US$ 1,2 bilhão no Rio Grande do Sul. No Piratini, a governadora do Estado, Yeda Crusius, assina protocolo de intenções com a Gás Energy New Venture para a instalação, junto ao maior porto gaúcho, de um terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) combinado a uma usina térmica a gás.

Vinculada a uma empresa de consultoria do setor de gás, a Gás Energy representa um grupo de investidores internacionais que só será totalmente conhecido em 2009, quando a usina participar do leilão de energia previsto para junho. Esse projeto não está relacionado aos planos da Petrobras, que estuda instalar um terminal de GNL no Rio Grande do Sul ou em Santa Catarina.

Conforme uma fonte ligada aos investidores, há negociações avançadas com grandes companhias estrangeiras que só vão se identificar quando todos os detalhes estiverem definidos, por motivos estratégicos. Mesmo assim, já serão assinados os contratos de engenharia e de licenciamento ambiental – passos essenciais para o investimento chegar a bom termo. Segundo essa fonte, existe uma “janela de oportunidade muito boa” que precisa ser aproveitada pelo Estado.

Fixo e localizado em terra firme, o terminal de GNL previsto para Rio Grande será diferente dos dois implantados pela Petrobras em Pecém (CE) e na Baía da Guanabara (RJ). Ambos são flexíveis, construídos sobre o mar.

A empresa de engenharia contratada é a mesma que fez o projeto de Quintero, ao lado de Valparaíso, no Chile, a ser inaugurado em 2009, com participação da espanhola Endesa e da britânica BG, além de companhias locais. Conforme essa fonte, entre 75% e 80% dos 6 milhões de metros cúbicos de gás natural regaseificados serão usados na termelétrica. O restante deverá ter como destino empresas da Metade Sul, atualmente sem alternativa de abastecimento.

Novidade no Brasil, esse tipo de instalação já existe nos Estados Unidos e na Espanha, entre outros países. O início imediato dos projetos de engenharia e licenciamento ambiental obedece à legislação brasileira: para participar dos leilões de energia, os projetos já devem estar com licença ambiental concedida. Um dos trunfos é a competitividade do projeto, assegurada pelo porte da térmica.

Projeto semelhante começa a operar em 2009 no Chile

Pela lógica dos investidores, mesmo com crescimento menor previsto para 2009, tanto o país quanto o Estado têm necessidade premente de energia. Essa situação se evidenciou no início do mês, quando os responsáveis por seis usinas abastecidas com óleo diesel, combustível que dominou o leilão com entrega prevista para 2011, não depositaram as garantias necessárias para garantir o avanço dos investimentos.

Também foi decisivo para o desenho do projeto o incidente que interrompeu o abastecimento de gás no Estado, em 24 de novembro. Deslizamentos provocados pelas cheias em Santa Catarina deixaram o Rio Grande do Sul sem combustível para veículos e indústrias por mais de duas semanas. Ficou clara, então, a necessidade de uma alternativa de fornecimento de gás ao Estado. Entre os planos futuros dos investidores ainda está a integração com os projetos de térmicas a carvão previstos para Candiota, também na Metade Sul.

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