Cada candidato, um sonho. Reconhecido até mesmo pela oposição como favorito para vencer a eleição para presidente, amanhã, Vitorio Piffero projeta contratar mais um argentino para o Inter. O oposicionista Claudio Bier tem em Jorge Wagner, que participou da campanha vitoriosa da Libertadores em 2006, atualmente no São Paulo, seu sonho de consumo.

A intenção de buscar um compatriota de Guinãzu e D’Alessandro foi manifestada no início da semana pelo assessor de futebol, Fernando Carvalho. Tão logo seja conhecido o resultado da eleição, o clube passará do discurso à prática. Com o aval de Piffero, o objetivo é trazer um atacante.

— Não temos interesse que o nome seja revelado. Mas é certo que vamos atrás — afirma Carvalho, que promete seguir atuando ao lado de Piffero.

Não faltam especulações. Carvalho diz ser admirador de Lucas Barrios, 24 anos, 1m87cm, argentino que atua no Colo-Colo do Chile, autor de 36 gols nesta temporada. Com multa rescisória fixada em US$ 7 milhões (R$ 16,9 milhões), o jogador, que também interessou ao Corinthians, sai dos planos.

Antes de Barrios, haviam sido especulados José Sand, do Lanús, Leandro Lazzaro, do Tigre, e Silvera, do San Lorenzo.

Claudio Bier alega ser difícil anunciar os reforços pretendidos sem ter sido eleito. Mesmo assim, não esconde sua admiração pelo ala-esquerdo do São Paulo.

— Jorge Wagner é o jogador dos meus sonhos. Isso não significa dizer que será possível contratá-lo — diz o candidato.

Caso seja eleito, o oposicionista promete enxugar o grupo. Sua estimativa é de que o Inter conte, atualmente, com 60 jogadores.

— Só o Tite disse ter usado 47. Mas ainda tem os Chiquinhos e Gabirus da vida — lembra.

Piffero e Bier divergem, também, quanto ao técnico. O primeiro promete seguir com Tite, valorizado a partir do título da Copa Sul-Americana. Bier, que disse ter conversado domingo por duas horas com Wanderley Luxemburgo, do Palmeiras, garante haver outros nomes qualificados, como Muricy, Paulo Autuori e Carlos Alberto Parreira. Não descarta nem mesmo um treinador estrangeiro. O preferido seria o argentino Carlos Bianchi.