| 11/12/2008 18h57min
O governo anunciou um conjunto de medidas para conter os efeitos da crise internacional. Entre elas estão novas alíquotas para o Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e redução de tributos para as empresas.
Para estimular o consumo, a área econômica anunciou um pacote que alivia o bolso do consumidor e dos empresários. A nova tabela do IRPF, que entra em vigor no dia 1º de janeiro, prevê isenção para quem ganha até R$ 1.434,00 novas alíquotas que variam de 7,5% para quem ganha mais até R$ 2.150,00 e até 27,5% para quem tem salário superior a R$ 3.582,00.
No pacote, também está prevista redução de IOF de 3% para 1,5% ao ano para pessoas físicas. A indústria automotiva foi contemplada com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Porém essa medida só vale desta sexta, dia 12, a 31 de março do ano que vem.
– Significa que este contribuinte é um consumidor que vai pagar menos todo mês, mas poderá utilizar esse recursos para aquisição de bens e serviços – explicou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Para evitar que grandes empresas ocupem o espaço das pequenas na busca por crédito, o governo vai destinar parte das reservas internacionais para uma linha de credito especial.
– A resolução [do Conselho Monetário Nacional] autorizará o Banco Central a disponibilizar recursos das reservas internacionais por meio do sistema financeiro para financiar empresas brasileiras que tenham financiamento externo – detalhou o presidente do BC, Henrique Meirelles.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou a um grupo de empresários reunidos no Palácio do Planalto. Durante as quatro horas que durou o encontro, ele destacou a necessidade de manter os investimentos, por meio de medidas que promovam a desoneração tributária e garantam crédito.
– O presidente tem essa preocupação. O consumidor, lá na ponta, precisa ter crédito, e aí é preciso criar mecanismos para o crédito chegar àqueles segmentos que são mais importantes – disse o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto.
Para o presidente do Grupo Gerdau, a reunião com Lula estimulou confiança pela disposição do governo de encontrar soluções.
– Agora temos que aguardar o que virá de concreto para podermos avaliar os reflexos. O empresário trabalha dentro de cenários e não por apelos – afirmou Jorge Gerdau Johannpeter.
Os empresários aproveitaram o encontro no Planalto para reclamar da alta taxa de juros. Eles disseram ao presidente Lula que não há motivos para o Comitê de Política Monetária ter mantido a taxa Selic em 13,75%. A decisão foi anunciada na última reunião do Copom, encerrada na noite desta quarta, dia 10.
– Se a demanda está caindo, é hora de flexibilizar a política monetária – defendeu Monteiro Neto.
Para o presidente da Companhia Siderúrgica Nacional, Benjamin Steinbruch, o governo tem consciência do que é necessário para manter o nível de investimentos e de atividade.
– Vamos esperar que seja feito – concluiu.
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