A maioria democrata no Congresso americano e a Casa Branca fecharam um acordo nesta quarta-feira sobre o plano de socorro às montadoras que prevê ajuda de US$ 15 bilhões, disseram fontes legislativas. A Casa Branca se limitou a informar que ocorreram "bons progressos" nas negociações.

A medida poderá ser submetida a votação na Câmara dos Deputados ainda nesta quarta-feira e ser sancionada no final da semana. O acordo cria a função de um coordenador para liberar os empréstimos, com poder para obrigar os fabricantes a pedir falência se não chegarem rapidamente a acordos com sindicatos e credores para tornar as empresas viáveis.

A ajuda do Congresso fornecerá à General Motors e Chrysler um alívio financeiro para dar continuidade às suas operações, o que lhes evitará ter de ir à falência este mesmo mês ou no início do próximo ano. A Ford se encontra em uma situação um pouco menos pior e poderia não precisar participar do resgate do governo, pelo menos nesta primeira fase, segundo fontes do setor.

Com esta ajuda, as empresas automobilísticas poderão continuar operando até março, quando terão que pactuar com o novo Congresso e o governo de Barack Obama novos planos de viabilidade a longo prazo. Além disso, o acordo dará às empresas tempo para poder renegociar as prestações sociais e trabalhistas com seus sindicatos, assim como suas obrigações com os próprios credores.

O subchefe de Gabinete da Casa Branca, Joel Kaplan, disse hoje em entrevista coletiva que, embora as montadoras recebam ajudas, isso "não é desculpa para que continuem com uma má gestão (empresarial) e maus planos de negócios".