| 05/12/2008 19h19min
O terceiro trimestre foi de desaceleração para o mercado de adubos, fertilizantes e defensivos agrícolas. Os números foram divulgados no encontro anual da Associação da Indústria Química (Abiquim) que reuniu 500 pessoas nesta sexta, dia 5, em São Paulo.
A indústria química brasileira deve faturar R$ 220 bilhões em 2008 – 9,5% a mais que no ano passado. Os defensivos agrícolas contribuíram com R$ 11,9 bilhões, tendo um faturamento 13% acima do de 2007. Os resultados neste segmento foram positivos. O volume de vendas cresceu 15% e as importações, 19%. Mas para o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag), o aumento poderia ter sido maior, não fosse a crise internacional.
– Aquela visão inicial que tínhamos de 2008, hoje não temos mais. Começamos o ano achando que nosso setor ia crescer muito mais do que efetivamente ocorreu – diz o presidente do Sindag, Laércio Giampani.
No caso da indústria de adubos e fertilizantes, os números divulgados pela Abiquim comprovam o que foi observado e sentido pelos produtores rurais esse ano: a forte alta desses insumos. Os preços altos fizeram com que as importações em dólares crescessem 99% em 2008, já em toneladas, houve queda: de 13%.
O avanço dos valores refletiu nas vendas, que caíram 6,5% este ano. Apesar do desempenho negativo em 2008, as projeções da indústria de adubos e fertilizantes para o próximo ano são otimistas.
– Os preços já estão baixando, claro que no primeiro momento vagarosamente porque o câmbio está jogando contra nós – explica o diretor da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), Eduardo Daher.
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