| 05/12/2008 11h25min
O Departamento Estadual de Infra-estrutura (Deinfra) irá fazer um desvio na SC-401, rodovia que liga a região central de Florianópolis às praias do Norte da Ilha. A estrada está bloqueada no km 14 por causa da queda de uma grande barreira. A informação é do responsável pela desobstrução da rodovia, o engenheiro Cléo Quaresma, superintendente do Deinfra na Grande Florianópolis.
Hoje o tráfego é desviado pelo Caminho dos Açores, cortando a área urbana do distrito de Santo Antônio de Lisboa. A construção do novo desvio, ao lado da pista da SC-401, tem o objetivo de liberar o trânsito de veículos a construção de um muro de contenção da encosta que desmoronou.
— Provavelmente ,para passar a temporada, nós teremos que conviver com esse desvio. As soluções para o corte que deslizou vão demandar muito tempo de implantação e são complexas — disse Quaresma.
Por enquanto, os veículos podem dar uma grande volta pelo bairro Rio Vermelho ou passar
pelo Caminho dos Açores, no bairro
Santo Antônio de Lisboa. A travessia leva até duas horas em horários de pico, gerando revolta dos motoristas e usuários do transporte coletivo.
A liberação da pista está prevista inicialmente para o dia 14 de dezembro. Com o desvio, que consistirá em uma mudança no traçado da SC-401, há a possibilidade de que o tráfego seja liberado antes do prazo, segundo o engenheiro.
Cléo Quaresma acredita que o caminho alternativo vai resolver o problema de congestionamentos na região e garantir a segurança dos motoristas caso aconteçam novos deslizamentos na área em que ocorreu o primeiro.
— O desvio vai fazer com que o usuário da rodovia trafegue com mais segurança nesse trecho e provavelmente não vai impedir que as obras de contenção da encosta venham a ser construídas no decorrer dos meses de janeiro e fevereiro.
O projeto que vai definir como será o desvio ainda está sendo estudado.
— Nós estamos estudando
ainda uma maneira de viabilizá-lo com rapidez, conforme
determinação do doutor Romualdo (Romualdo França, secretário da Infra-estrutura), mas ainda não temos uma solução. A limpeza está num ritmo bom, estamos com quatro escavadeiras e quem sabe até o fim da semana temos um novo posicionamento. Isso vai depender do que nós acharmos de rocha pelo caminho.
Desobstrução
De acordo com o engenheiro, não há falta de máquinas ou de pessoal para os trabalhos. Entre as dificuldades para a liberação da pista estão o desmonte de rocha, que está misturada com terra e lama, e a proximidade do ponto de deslizamento com residências e uma adutora da Casan.
Até esta quinta-feira, 15 mil metros cúbicos de terra e três mil metros cúbicos de rocha já haviam sido retirados do local. O material é depositado ao lado do posto da Polícia Militar Rodoviária (pedágio), mas o Deinfra procura outro terreno. Segundo Cléo Quaresma, ainda há perigo de novos deslizamentos.
O engenheiro
sinalizou com uma boa notícia: a de que os indícios no local
revelam que não há mais carros soterrados na via. Havia a suspeita que um Ômega de cor bordô estivesse sob o desmoronamento, que matou o motorista Ricardo Dias de Oliveira, 34 anos, de Carazinho (RS). Oliveira transportou uma mudança no Norte da Ilha e retornava para casa em seu caminhão.
— Não existe essa possibilidade (de mais carros soterrados). Porque já estamos perto da segunda pista. Eu acho que não existe esta chance. Pelo menos foi o que nos apresentou o pessoal da Defesa Civil e dos bombeiros.
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