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 | 04/12/2008 18h03min

Presidente da Vale não descarta novas demissões

"Poderemos contratar no ano que vem", disse o presidente da empresa, Roger Agnelli

Depois de anunciar a demissão de 1,3 mil funcionários e conceder férias coletivas a 5,5 mil empregados em todo o mundo, a Vale informou hoje que não descarta novas demissões no curto prazo devido à sua estratégia de cortar a produção.

— Espero que não seja necessário, mas se for, vamos fazer ajustes — disse o presidente da empresa, Roger Agnelli.

O executivo afirmou que a Vale vai transferir técnicos da Valesul para a área de pelotização da Vale.

— Continuamos fazendo ginástica para evitar demissões porque as pessoas são o maior ativo de uma empresa — disse, em um evento realizado hoje no Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Mesmo assim, o executivo disse que a Vale poderá voltar a contratar em 2009. Segundo ele, a empresa precisará de trabalhadores em seus novos projetos que entrarão em operação, uma vez que os investimentos de longo prazo da companhia não foram cancelados.

— Poderemos contratar no ano que vem — disse.

A Vale investirá US$ 14 bilhões em 2009, depois de aportes de US$ 11 bilhões este ano. Ele destacou que em 2008 o saldo de contratações da Vale será positivo em 5 mil pessoas. Segundo ele, a Vale cortará todas as suas operações de alto custo porque não existe demanda no mercado neste momento.

— Estamos avaliando todas as operações — disse.

Hoje, a empresa anunciou cortes de produção de níquel no Canadá, depois de ter anunciado uma redução de 30 milhões de toneladas na produção de minério no Brasil, no final de outubro. Ele não deu mais informações de onde podem ocorrer outros cortes.

— Não temos definições de quais, onde ou quanto — disse.

O presidente da mineradora reiterou que a demanda por metais será fraca no mercado internacional mesmo com reduções nos preços.

— Todos estão evitando consumir enquanto não tiverem um sinal mais claro do que virá adiante — afirmou.

— Nem baixando o preço para perto de zero a demanda vai aumentar — completou.

Agnelli informou que a produção da siderurgia mundial já caiu mais de 30% desde o agravamento da crise, sendo que em alguns países a queda chegou a 50%. No mercado de aço inoxidável, principal consumidor do níquel, a produção caiu 70% ou 80%, segundo ele. Conforme o executivo, a China começou a apresentar alguns sinais de recuperação nos últimos dias, mas este efeito foi parcialmente compensado pelo agravamento das condições na Europa.

Entenda a crise:

Agência Estado
 
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