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 | 04/12/2008 08h09min

China aponta que crise ajudará a mudar a economia do país

Objetivos são o desenvolvimento mais sustentável e a expansão da demanda doméstica

O governo de Pequim vê a atual crise financeira como uma oportunidade para transformar sua economia e aproximá-la à dos países desenvolvidos, estimulando o consumo nacional, disse nesta quinta-feira a delegação chinesa a representantes americanos no Diálogo Econômico Estratégico entre os dois países, realizado em Pequim. O presidente do Banco Popular da China (autoridade monetária), Zhou Xiaochuan, destacou em discurso que seu país, "em meio à piora da crise, deve aproveitar para transformar seu modo de desenvolvimento".

O desenvolvimento mais sustentável e a expansão da demanda doméstica — agora a economia chinesa depende mais de suas exportações e do investimento estrangeiro do que do consumo — são os objetivos dessa transformação, segundo Zhou, citado por representantes da delegação chinesa. Zhou disse que a melhor contribuição que a China pode fazer para recuperar o equilíbrio da economia mundial é favorecer seu crescimento estável, e, para isso, está reajustando sua política econômica.

O presidente do banco central chinês citou como exemplos dessa mudança a transformação de uma política fiscal até agora "prudente" em uma "proativa", e, quanto ao investimento, a passagem das limitações a uma "moderada liberalização". De hoje até amanhã, os principais responsáveis de economia da China e dos EUA realizam a última rodada de diálogo sob a administração do presidente americano, George W. Bush, que foi a que criou este sistema bienal de intercâmbios em 2006.

A convertibilidade do iuane, tema de preocupação nos EUA, é um dos principais pontos em debate na mesa, especialmente devido à desvalorização sofrida nos últimos dias pela moeda chinesa em relação ao dólar (após dois anos de quase contínua valorização). Sobre isso, altos funcionários da delegação americana minimizaram o momentâneo ganho de valor da moeda chinesa, indicando que devem ser observados os efeitos a longo e médio prazo em uma divisa que, em três anos, valorizou 20% em relação ao dólar.

Também destacaram que a China "se comprometeu a continuar sua reforma monetária", algo que também indicou depois, em entrevista coletiva, o vice-presidente da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento da China, Zhang Xiaoqiang. De qualquer forma, os membros da delegação americana indicaram que os EUA lembram "em cada oportunidade que têm" à China a necessidade de prosseguir a lenta valorização do iuane.

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EFE
 
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