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 | 01/12/2008 21h08min

ONU expressa pessimismo com situação econômica em 2009

Segundo relatório, o crescimento mundial não passará de 1%

A ONU prevê uma situação econômica pessimista para o próximo ano, segundo um relatório da organização divulgado nesta segunda-feira na Conferência Internacional sobre o Financiamento do Desenvolvimento, em Doha, Catar.

O diretor do Departamento de Análise e Política para o Desenvolvimento da ONU, Robert Vos, apresentou o documento sobre as expectativas econômicas para 2009 em discurso na conferência.

Ele explicou que o panorama econômico para o próximo ano será negativo, já que, segundo seu relatório, o crescimento mundial não passará de 1%.

Nesse contexto, revelou que os países em desenvolvimento estão descontentes com as instituições internacionais, já que consideram que sua representação no Fundo Monetário Internacional (FMI) é insuficiente — têm somente quatro votos.

Vos antecipou que cogita-se aumentar a representação dessas nações dos atuais 2,8% para 8% na instituição.

Além disso, o responsável da ONU advertiu de que as economias das ricas monarquias petrolíferas do Golfo Pérsico sofrerão uma grande desaceleração no crescimento no próximo ano devido ao retrocesso dos preços do petróleo e das matérias-primas.

Nesse contexto, o subdiretor do FMI e coordenador geral da sessão, Murilo Portugal, disse hoje na conferência que houve avanços na redução da dívida externa dos países mais pobres desde o consenso obtido em Monterrey, México, em 2002.

Por sua parte, o diretor-geral da Organização Consultiva do Golfo Pérsico, Badr al-Dafaa, anunciou que o Catar fornecerá ajudas no valor de US$ 4 bilhões às nações menos desenvolvidas.

A chefe da delegação dos Estados Unidos na conferência e diretora da Agência americana para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, em em inglês), Henrietta Fore, negou que o país deseje o fracasso da adoção do documento final da Conferência de Doha, que deve ser aprovado amanhã.

Fore explicou que todas as partes na Conferência estão ocupadas nas negociações para chegar a uma solução que satisfaça a todos e poder pactuar um comunicado no final da cúpula, que termina amanhã.

Também ressaltou que os EUA não são contra as posições dos demais participantes, mas trabalham pelo benefício de todos, e lembrou que os compromissos contraídos pelo país o transformam no maior doador de ajudas.

Entenda a crise:

EFE
 
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