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 | 04/11/2008 08h22min

Atraso no zoneamento da cana adia investimentos no Rio Grande do Sul

Dilma Rousseff deve confirmar a inclusão do Estado durante simpósio

Patrícia Meira

Uma das principais expectativas do Simpósio Estadual de Agroenergia que se inicia nesta terça, dia 6, na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, é que a ministra Dilma Roussef confirme, na próxima quinta, dia 6, o anúncio, no dia 17, do zoneamento agroclimático para a produção de cana-de-açúcar no país.

Em função da demora, investimentos como o da Norobios no município de São Luiz Gonzaga, foram adiados. O zoneamento indica áreas preferenciais para o plantio, o que garante financiamento público para os projetos.

Segundo o diretor presidente da Noroesthe Bioenergética S/A – Norobios, Cláudio Luis Morari, são necessários R$ 270 milhões para colocar em funcionamento a usina que irá produzir álcool e energia. Parte da cana a ser consumida já foi plantada em 300 hectares da região que engloba outros cinco municípios. Com isso, a entrada em operação da usina, que terá capacidade para processar 1,3 milhão de toneladas de cana ao ano e irá gerar 700 empregos diretos, passou de 2010 para 2011.

– A gente fica um pouco cético porque era para ser (anunciado o zoneamento) em junho, depois em julho e assim vai – reclama Morari.

Até duas semanas atrás, o estudo do Ministério da Agricultura indicava 842 mil hectares aptos para a produção de cana em 241 municípios gaúchos, especialmente no litoral norte, Depressão Central e Alto Uruguai. Mas durante a fase de ajustes da proposta, na Casa Civil, essa área teria chegado a 3 milhões de hectares nas mesmas regiões, adiantou o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS).

A partir da publicação do zoneamento, será preciso multiplicar mudas em volume suficiente, além de corrigir a acidez do solo. Atingir a produção de 800 mil hectares levaria pelo menos 10 anos, calcula o pesquisador Wilson Caetano, da Fepagro.

Hoje, somente uma usina de etanol está em atividade no Rio Grande do Sul, na qual a Cooperativa dos Produtores de Cana de Porto Xavier, produz 7 milhões de litros por safra. Segundo Caetano, para atender o consumo gaúcho de etanol e atingir a auto-suficiência será preciso plantar 550 mil hectares de cana-de-açúcar, o que significaria 1,7 bilhão de litros por ano.

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