Os prefeitos eleitos no Rio Grande Sul terão que rever os orçamentos das prefeituras por causa da crise financeira. O alerta é do presidente da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), Elir Girardi. A arrecadação das prefeituras deve sofrer um forte impacto. Também poderá haver redução de empregos e até mesmo demissões nos municípios. Essas são as conseqüências da diminuição e, inclusive, suspensão de investimentos por parte de empresas.

O presidente da Famurs explicou que os projetos de orçamento para 2009 foram feitos esperando um bom cenário econômico. Segundo ele, as prefeituras terão que rever os números para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso deverá ser feito mesmo que os orçamentos tenham sido aprovados pelas câmaras de vereadores.

Com a desaceleração da economia, os governos recebem menos impostos. O impacto no repasse do ICMS aos municípios será sentido somente em dois anos, devido à forma do cálculo. No entanto, as taxas pagas diretamente à prefeitura terão reflexos imediatos, conforme Girardi.

Mesmo a arrecadação por tributos que são fixos, como o IPTU, pode ser atingida, caso a inadimplência da população aumente, pondera a Famurs. Em entrevista ao programa Gaúcha Hoje, o secretário estadual da Fazenda reafirmou que a crise deve fazer o crescimento da economia ficar entre 2% e 3%.

De acordo com o secretário, esse cenário pega o Estado mais preparado e forte, mas ainda com pendências. Ele avalia que a regularização do pagamento de fornecedores do Estado estimula as empresas a voltarem a participar das licitações.

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