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 | 27/10/2008 16h45min

Obama e McCain voltam a trocar acusações sobre economia

Pesquisas divulgadas nesta segunda mostram vantagem do democrata sobre o republicano

Os candidatos à Presidência dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama e o republicano John McCain, voltaram a trocar acusações nesta segunda-feira, em Ohio, sobre a gestão da economia, a oito dias das eleições.

Obama e McCain foram a Ohio na reta final de suas campanhas e com o objetivo de juntar adeptos entre os eleitores independentes e os indecisos neste estado considerado chave.

O democrata voltou a falar de McCain como uma cópia do presidente George W. Bush, enquanto o republicano repetiu sua advertência de que Obama aumentará os impostos e o gasto fiscal.

Ohio está entre os oito estados-chave nesta disputa e é um onde o senador democrata de Illinois de vantagem a McCain, segundo as enquetes. Durante um ato em Canton, Obama reiterou sua mensagem de "mudança" e sua promessa de apoiar políticas que ajudem à classe média, promovam a criação de empregos e o crescimento econômico "desde baixo".

— Após 21 meses e três debates, o senador McCain ainda não conseguiu passar ao povo americano uma única coisa importante que ele faria diferente de George W. Bush no que se refere à economia — disse Obama, ao acusar McCain de apoiar as mesmas políticas de Bush dos últimos oito anos.

Em Cleveland, maior cidade de Ohio, McCain enfatizou que o plano econômico de Obama inclui "US$ 1 trilhão em novas despesas". McCain tentou de novo se distanciar de Bush, depois que, no fim de semana, indicou que, como republicanos, ambos compartilham de algumas visões sobre a economia.

— Nós dois estamos em desacordo com o presidente Bush sobre as políticas econômicas. Minha resposta é conseguir um controle das despesas — afirmou McCain, pouco após se reunir com seus assessores econômicos.

Sua companheira de chapa, a governadora do Alasca, Sarah Palin, também atacou o plano tributário de Obama, em um ato de campanha realizado nesta segunda.

Os ataques contra Obama continuam. O Comitê Nacional Republicano lançou uma nova mensagem telefônica em que alega que Obama seria um presidente "frágil" que "poria em perigo a vida dos americanos". Mas a crise financeira e seu impacto na economia prejudicaram McCain, que continua atrás nas enquetes.

Vários Estados que historicamente mostraram apoio aos republicanos, como Ohio, Virgínia, Carolina do Norte e Flórida, agora podem migrar para o lado democrata, algo que pôs McCain na defensiva nos últimos dias. Ele deve viajar à Pensilvânia, onde espera conquistar votos.

Uma enquete divulgada pelo Zogby International aponta que Obama mantém uma leve distância em Virgínia, Carolina do Norte, Missouri, Ohio e Nevada, embora em quase todas se trate de uma vantagem dentro da margem de erro, que é de 4,1 pontos percentuais. McCain tem uma vantagem de 10 pontos na Virgínia Ocidental e de seis em Indiana.

Ambos têm 47% de apoio na Flórida, um estado com 27 votos do Colégio Eleitoral. Para ganhar a Presidência, são necessários ao menos 270 votos dos 538 do total no país.

A má notícia para McCain nesta pesquisa é que Obama não só mantém uma cômoda vantagem nos estados em que venceu o democrata John Kerry em 2004, mas o candidato republicano continua atrás nos estados conquistados por Bush.

Segundo projeções de hoje da rede de televisão americana CNN, Obama conseguiria 277 votos no colégio eleitoral e McCain apenas 174.

EFE
 
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