Notícias

 | 27/10/2008 09h12min

Em meio à crise, mercado financeiro prevê aumento menor nos juros

Projeção do mercado é que a taxa avance para 14% ao ano, ou seja, um aumento de 0,25 ponto percentual

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta semana, em meio à crise financeira que tem gerado reflexos nas bolsas de valores pelo mundo, subida do dólar e dificuldades por parte das empresas em obter crédito, e, segundo a maior parte do mercado financeiro, deve subir novamente a taxa básica de juros da economia brasileira - a Selic. A expectativa foi captada pelo próprio BC na última semana, por meio da pesquisa Focus com economistas do mercado, e divulgada nesta segunda-feira.

Se confirmada a estimativa da maior parte dos analistas do mercado financeiro, esta será a quinta elevação consecutiva da taxa de juros. Atualmente, está em 13,75% ao ano, a mais alta do planeta em termos reais (após o desconto da inflação). A projeção do mercado é que ela avance para 14% ao ano, ou seja, um aumento de 0,25 ponto percentual, na próxima quarta-feira (29).

Isso representa uma queda em relação à semana anterior, quando o mercado previa um aumento de maior proporção: de 0,50pp, para 14,25% ao ano. Na reunião de dezembro, o mercado prevê nova elevação de 0,25 ponto percentual. Deste modo, a Selic fecharia 2008 em 14,25% ao ano.

Na reunião do Copom de setembro, quando a taxa passou para 13,75% ao ano, o mercado esperava um aumento de 0,50 ponto percentual nos juros na reunião do final de outubro. Deste modo, o agravamento da crise financeira alterou a perspectiva de grande parte dos analistas brasileiros - que continua prevendo elevação da taxa Selic, mas em menor magnitude. Há, porém, vozes dissidentes no mercado que apostam em manutenção da taxa Selic já na reunião desta semana por causa da piora da crise financeira.

Contramão

Se o Copom optar por subir os juros, estará agindo na contramão das principais economias mundiais que, neste momento, estão mais atentas aos impactos da crise financeira sobre o crescimento econômico. Em algumas delas, como Estados Unidos e Inglaterra, os sinais de recessão já são mais evidentes. No início deste mês, vários bancos centrais (EUA, União Européia, Inglaterra, Canadá, Suécia e Suíça) decidiram, por conta dessa preocupação, reduzir os juros em uma inédita ação coordenada.

Na última semana, entretanto, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, sinalizou, durante evento em São Paulo, que a autoridade monetária pode optar por não alterar a sua forma de atuação, ou seja, continuar se pautando pelo comportamento da inflação no país - cujas projeções para 2008 e 2009 têm subido.

— Engana-se quem vê uma mudança de estratégia de atuação — disse Meirelles no momento.

As informações são do site G1

Entenda a crise nos mercados mundiais

 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.