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 | 25/10/2008 07h08min

Sarkozy diz que cúpula de Washington tomará decisões sobre crise

China, Japão, Coréia do Sul e Indonésia confirmaram participação

Atualizada às 08h37min

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, cujo país está na Presidência da União Européia (UE), disse neste sábado que a cúpula internacional sobre a crise financeira convocada para meados de novembro, em Washington, "tomará decisões concretas". Na entrevista coletiva final do 7ª Encontro Ásia-Europa (Asem), o presidente francês disse que a reunião de 15 de novembro não servirá só "para falar".

A China e os outros membros asiáticos convidados à reunião de Washington — Japão (pelo G7), Coréia do Sul e Indonésia (pelo G20) — confirmaram hoje que participarão plenamente da cúpula.

Segundo Sarkozy, nas reuniões bilaterais que ele e o presidente da Comissão Européia (CE), José Manuel Durão Barroso, mantiveram em Pequim com o presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, da Coréia do Sul, Lee Myung-bak, e com o novo primeiro-ministro japonês, Taro Aso, todos transmitiram "sua vontade de que a cúpula de Washington seja conclusiva e tome decisões".

— A resposta, pois, é sim — disse Sarkozy ao jornalista que lhe perguntou se o G20 tomará decisões concretas na capital americana.

— Todos compreenderam que não é possível que nos reunamos somente para falar — disse o presidente francês.

Após receber o apoio do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, os europeus conseguiram em Pequim o apoio dos países asiáticos a sua iniciativa de abordar a reforma do sistema financeiro internacional para que não se repitam crises como a desencadeada pelas hipotecas "subprime" americanas. Essa primeira cúpula extraordinária será organizada em torno do G20, onde estão representadas as sete economias mais industrializadas do planeta e a Rússia, e os países emergentes.

Os europeus incluem na agenda das deliberações questões como a necessidade de uma supervisão internacional dos mercados financeiros, a regulação dos fundos de alto risco e a remuneração dos altos executivos. O presidente francês comemorou a confirmação feita previamente, na mesma entrevista coletiva, pelo primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, de que China participará "plenamente" no encontro.

Wen não quis confirmar se será ele ou o presidente, Hu Jintao, que irá à reunião. Sarkozy também falou sobre a discussão pelo G20 das taxas de câmbio entre as moedas: "parece impossível", disse, "falar das questões fiscais e da crise financeira e não falar das moedas, da maneira em que umas evoluem a respeito das outras".

Destacou que o assunto é mais oportuno ainda no momento em que o iene japonês acaba de valorizar "11% em poucas horas".

— Tudo isso fará parte da discussão — disse Sarkozy, mas, como estão previstas várias cúpulas sucessivas, "a única questão que se coloca é se falaremos de tudo na primeira ou só da regulação e do resto nas seguintes".

Em qualquer caso, disse, a Europa colocará todos estes temas a seus parceiros internacionais.

Entenda a crise:

EFE
 
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