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 | 24/10/2008 17h32min

Reunião de países do Mercosul deve ter discussões, mas não decisões, afirma Amorim

"Medidas protecionistas não são boas", diz ministro sobre medida argentina

A sétima reunião extraordinária do Conselho do Mercado Comum, que vai ser realizada em Brasília na próxima segunda-feira, deve servir para que os ministros dos países do Mercosul possam coordenar as ações dos países integrantes do bloco em resposta à crise financeira mundial. Entretanto, não deve haver decisões.

— Não estou esperando nenhuma medida específica adotada naquele momento [reunião de segunda-feira] e também não creio que vá haver nenhuma medida na reunião que o presidente Bush está convocando — afirmou nesta sexta o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

— Ninguém tem uma resposta imediata, cada um tem a sua, mas você vai trocar experiência e vai mostrar por que fez tal coisa e não fez outra e também como aquilo que nós formos fazer no futuro deve ser feito de uma maneira coordenada, transparente e sobretudo que não prejudique as relações entre os próprios países da América do Sul, que é um patrimônio muito grande — afirmou Amorim, logo depois de se reunir com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestina, Riad Al-Maki.

Mesmo sem esperar decisões, o ministro disse que a expectativa é muito positiva:

— Eu tenho a certeza de que uma das coisas importantes que nós temos que discutir é como evitar que o patrimônio da integração que foi criado não se perca por conta de uma reação a problemas que vêm de outros lugares.

Perguntado sobre possíveis novas reações de caráter protecionista vindas da Argentina, o chanceler se mostrou confiante de que o país vizinho não deve responder dessa forma à crise.

— Medidas protecionistas não são boas, porque geram outras medidas protecionistas, e se a pessoa olhar para a história e para a crise de 1929, vai saber que o fato de cada um querer proteger apenas o seu interesse e não pensar no interesse dos seus parceiros acabou prejudicando a si próprio, mas eu não acredito que a Argentina vá fazer isso [adotar mais medidas de salvaguarda] — argumentou.

Amorim defendeu, também, que é importante uma posição de liderança dos países mais ricos, que deveriam demonstrar maior flexibilidade para a conclusão da Rodada Doha.

Para o ministro, a finalização desse acordo seria fundamental, ainda que não seja uma solução definitiva.

— Certamente isso seria um sinal positivo que poderia ser dado — disse.

Para Amorim, um acordo poderá contribuir para diminuir o efeito negativo da crise financeira na economia real.

Entenda a crise:

AGÊNCIA BRASIL
 
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