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 | 21/10/2008 16h36min

Intervenções do BC no mercado já somaram US$ 22,9 bilhões, diz Meirelles

Presidente do BC e Guido Mantega participam de debate na Câmara dos Deputados

Atualizada às 20h39min


O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, informou nesta terça-feira, durante comissão geral sobre o assunto, no plenário da Câmara dos Deputados, que a atuação da autoridade monetária no mercado de câmbio já somou US$ 22,9 bilhões desde o agravamento da crise externa, em setembro.

— São valores ainda inferiores ao que está sendo feito pelos países diretamente afetados pela crise — disse o presidente do BC.

Para Meirelles, a compra de dólares pelo BC — quando o preço da moeda americana caiu ao longo do ano passado — foi fundamental para reduzir os impactos da crise financeira internacional no Brasil, pois reduziu a dívida pública e aumentou as reservas internacionais do país. Segundo ele, o BC tem atuado com quatro instrumentos para tentar conter a alta da moeda americana: vendas diretas das reservas no mercado à vista, leilões de linha (empréstimos com compromisso de recompra, sem destinação específica), vendas de contratos de "swap cambial", ou não rolagem de "swaps reversos", além dos empréstimos para o financiamento às exportações.

O presidente da entidade lembrou ainda que, em 2002, 55,5% do total da dívida pública eram indexadas ao dólar, enquanto a "posição atual" demonstra que o país é credor em um montante equivalente a 28,1% da dívida, ou seja, quando o preço da moeda sobe, o total da dívida cai. As reservas atuais do Banco Central são da ordem de US$ 203,9 bilhões, informou o presidente do BC.

Durante os 30 minutos a que teve direito para fazer sua exposição, Meirelles disse ainda que o Brasil é um dos países com melhor desempenho econômico neste período de crise internacional de crédito. Ele considerou que o principal diferencial desta crise em relação às anteriores é o fato de outras instituições financeiras, além das bancárias, estarem sofrendo impactos intensos da falta de crédito.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também participa da reunião. Na fase de debates, os deputados da base governista terão cem minutos ao todo, e a oposição, 80 minutos para questionar os ministros.

Amanhã, Mantega e Meirelles estarão no Congresso para explicar as medidas que o governo vem adotando para enfrentar a crise no sistema financeiro internacional. Eles serão ouvidos pelos parlamentares da Comissão de Assuntos Econômicos no Senado. O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) disse hoje que é preciso saber as ações do governo para evitar que a crise chegue ao Brasil.

Com informações do G1 e da Agência Câmara.

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