A taxa de câmbio abriu em baixa de 1,42% nos contratos de liquidação à vista negociados nesta manhã na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), com o dólar cotado a R$ 2,09. Na sexta-feira passada, a moeda encerrou o pregão a R$ 2,12.

Mais alguns países (Suécia, Holanda e Coréia do Sul) seguem combatendo a crise do sistema financeiro, tentando evitar o agravamento da situação econômica global. No Brasil, hoje o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve apresentar ao governo um programa especial para capital de giro. No que se refere ao crédito em moeda estrangeira, o Banco Central inaugura os leilões para a concessão de empréstimos para operações de comércio exterior.

A medida vem completar a irrigação em dólar que já está sendo feita por meio de leilões de swap (troca) com juros, de venda de dólares com compromisso de recompra futura e de venda direta no mercado à vista. E os mercados sinalizam dia de bom humor no exterior e no País. As bolsas européias e os índices futuros de Nova York operam em alta.

Ainda assim, o mercado deve seguir atento aos dados macroeconômicos de países desenvolvidos e de emergentes que alteram o rumo da demanda global, como China e Índia. Na China, os sinais de atividade econômica começam a mostrar recuos mais intensos do que o esperado.

O crescimento econômico da China, no terceiro trimestre, foi de 9%, em comparação com o mesmo intervalo do ano passado. O resultado foi inferior à alta de 10,1% do segundo trimestre.

Além do leilão de taxas para empréstimos em moeda estrangeira dirigidos a operações de comércio exterior - ACC, ACE e financiamento de importação que o BC realiza 16 horas às 17 horas (no total de até US$ 2 bilhões), a autoridade monetária faz hoje uma intervenção de venda de até 16 mil contratos de swap cambial tradicional, com vencimento em 2 de janeiro de 2009. A oferta equivale a cerca de US$ 800 milhões.

Entenda a crise