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 | 12/10/2008 04h26min

Merkel defende intervenção do Estado para salvar os bancos

Chefe do governo alemão ressaltou a importância de nenhum país atuar por conta própria na Europa

A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu a intervenção do Estado e a aprovação de um pacote de resgate para o setor bancário nacional castigado pela crise financeira internacional, que será aplicado urgentemente para sua imediata entrada em vigor.

Embora ainda se desconheça o volume do pacote de resgate para o castigado setor bancário na Alemanha, o jornal econômico Handelsblatt assegura em sua edição digital que poderia alcançar entre 300 bilhões e 400 bilhões de euros.

— Só a atuação do Estado pode devolver agora a necessária confiança, afirma Merkel em declarações publicadas neste domingo pelo Bild am Sonntag, poucas horas antes da reunião extraordinária do Eurogrupo em Paris.

A chefe do governo alemão ressalta que o importante agora é que nenhum país atue por sua conta e que na Europa e em nível internacional se intervenha de maneira coordenada para depois aplicar as medidas com responsabilidade nacional.

— O que fazemos não é em interesse dos bancos, mas das pessoas, destaca Merkel no dominical de maior tiragem na Europa, no qual comenta que a cúpula de Paris tem como fim concordar medidas comuns contra a crise financeira.

Após a recusa da chanceler alemã não se espera, no entanto, que os países da zona do euro pactuem um fundo comum de resgate com os Estados Unidos, mas se estabelecerá que meios dispõe cada país para o resgate dos bancos.

Da mesma forma que outros meios de imprensa alemães, o Bild am Sontag destaca que se espera, ao término da reunião na capital francesa, que Merkel divulgue as medidas que seu governo preparou para enfrentar a crise financeira na Alemanha.

A imprensa alemã acredita que o governo conduza através de um procedimento urgente seu pacote de estabilização ao longo desta semana para sua aprovação pelas duas câmaras parlamentares, o Bundestag e o Bundesrat.

O pacote de medidas urgentes será sancionado nesta segunda-feira pelo gabinete ministerial, para que na terça-feira seja apresentado aos grupos parlamentares e estes realizem uma sessão extraordinária para sua primeira leitura urgente na câmara baixa alemã.

EFE
 
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