| 05/10/2008 14h04min
A estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) pediu à Petrobras mais de cinco milhões de litros de gasóleo por mês para garantir o abastecimento em várias regiões do país, informou hoje a imprensa.
Fontes da YPFB asseguraram ao jornal "El Deber" que a Petrobras não vende combustível à estatal através da cidade fronteiriça de Puerto Suárez, na região de Santa Cruz, leste do país, há um mês e meio devido aos conflitos sociais.
Algumas zonas nos departamentos de Santa Cruz, Beni e Pando ainda não se recuperaram totalmente do desabastecimento de gasóleo e gás liquefeito de petróleo (GLP) que sofreram há um mês devido à onda de protestos e conflitos vivida pela Bolívia.
No entanto, o gerente nacional de Comercialização da YPFB, Rodrigo Carrasco, afirmou que, a partir desta terça-feira, o abastecimento de gasóleo será normalizado no departamento de Santa Cruz, enquanto em Beni e Pando isso só ocorrerá na quinta-feira.
Os maiores problemas de abastecimento, segundo a
YPFB, são registrados nas localidades amazônicas de Guayaramerín e Riberalta, no departamento de Beni.
Além disso, Carrasco afirmou que as negociações com a Petrobras "estão encaminhadas" e que esta semana fecharão um acordo para que a brasileira envie gás à Bolívia até dezembro, assinalou o jornal.
Em outubro, chegarão a Santa Cruz mais de dez milhões de litros de combustível procedentes da petrolífera brasileira, informou o diretor.
O bloqueio de estradas e os protestos realizados por grupos opositores no leste e sul da Bolívia provocou uma grave crise de abastecimento energético em pelo menos quatro regiões do país.
Os protestos incluíram ataques contra gasodutos e refinarias do sul boliviano que chegaram a afetar o fornecimento de gás natural ao Brasil e à Argentina.
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