| 03/10/2008 11h02min
A crise econômica que abala os Estados Unidos ainda não chega a causar grandes preocupações aos empresários do Sul do Estado, mas, mesmo longe, a indústria adota a postura de cautela.
Para o vice-presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) na região Sul, Guido Búrigo, o momento dessa crise oferece situações positivas e negativas que tem como origem a valorização do dólar.
— As empresas cerâmicas exportadoras sentiram o lado bom dessa crise, pois tiveram mais lucros. Porém, existem aquelas indústrias cujas dívidas também são em dólar e nesse caso houve prejuízo. O momento é de extrema cautela — observa.
Búrigo ressalta que a demora na solução para os problemas da economia americana podem causar reflexos na indústria catarinense em breve. Na visão do empresário, os Estados Unidos correm o risco de frear o consumo, circunstância que afetaria as exportações e, em conseqüência, os negócios do Sul do
Estado.
Na região de Braço do Norte, onde a indústria de
molduras enfrenta problemas desde o ano passado, a crise americana deu uma "leve ajuda" por conta da alta do dólar. Segundo o vice-presidente de assuntos da indústria da Associação Comercial do Vale do Braço do Norte (Acivale), João Martins Ouriques, o cenário negativo não deve durar muito tempo e possivelmente não cause reflexos na região.
— Algumas empresas de molduras tiveram efeito positivo com o câmbio, inclusive com algumas contratações. Acredito que em breve a economia global volte a se establizar — diz Ouriques.
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