| 01/10/2008 13h17min
O aumento das exportações nos países da América Latina depende mais da diminuição dos custos com transporte do que da redução de tarifas. É o que mostra a pesquisa Desobstruindo as Artérias: o Impacto dos Custos de Transporte sobre o Comércio Exterior da América Latina e Caribe, publicada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
De acordo com o estudo, um corte de 10% no valor das tarifas aumentaria em menos de 2% o volume de exportações dos países da região, enquanto uma redução também de 2% no custo dos transportes aumentaria as vendas externas em 39%. O economista do setor de comércio e integração do BID Maurício Mesquita Moreira acredita que uma política comercial efetiva precisa ir além das questões tarifárias.
— Os custos, sejam portuários ou aéreos, são duas ou três vezes mais altos (na América Latina) do que em países como Holanda e Estados Unidos. Apesar de você não poder reduzir os custos do transporte a zero você tem um espaço, uma gordura enorme
para queimar — disse
Moreira.
O relatório mostra que, se países da América Latina reduzissem em 10% os custos com frete, haveria um crescimento de mais de 20% no comércio da região — caso a redução fosse em tarifas, o aumento seria de apenas a metade.
A diminuição dos custos de transporte, segundo a pesquisa, beneficiaria produtos manufaturados produzidos no Brasil, no Chile, no Equador, no Peru e no Uruguai, além das exportações de minérios e de metais na Argentina, na Colômbia e no Paraguai.
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