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 | 23/09/2008 15h52min

Crise financeira marca discursos na abertura da Assembléia Geral da ONU

Apesar da expectativa sobre seu discurso, presidente dos Estados Unidos falou pouco sobre o assunto e tentou tranqüilizar líderes

Como já era previsto, a crise financeira mundial foi um dos principais temas abordados na abertura da 63ª Sessão da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Mas apesar das expectativas, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, falou pouco sobre o assunto, tentando tranqüilizar os líderes mundiais presentes ao encontro.

Bush lembrou a injeção de recursos do governo americano no sistema financeiro e o envio de um pacote para o Congresso dos Estados Unidos.

– Posso garantir que minha administração e nosso Congresso estão trabalhando juntos para aprovar rapidamente essa estratégia – afirmou.

O presidente norte-americano disse que os países devem renovar o compromisso de abrir suas economias e lutar contra o isolamento econômico.

– Esses objetivos estão sendo testados pela turbulência nos mercados financeiros mundiais. Nossas economias estão mais conectadas que nunca, e sei que muitos de vocês estão atentos para como o governo dos Estados Unidos irá tratar os problemas em nosso sistema financeiro – disse ainda.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon alertou os líderes mundiais de que a crise financeira pode comprometer o financiamento do desenvolvimento e o gasto dos países ricos com o combate à pobreza e às Metas do Milênio. Ele ressaltou que é preciso restabelecer a ordem nos mercados financeiros internacionais.

– Precisamos pensar como o sistema econômico financeiro deve evoluir para refletir a realidade atual – concluiu, ao dizer para representantes dos 192 países-membros que o mundo enfrenta hoje uma crise financeira global, de energia e de alimentos.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, propôs a realização de uma reunião mundial ainda este ano para tratar da crise, que, segundo ele, foi a mais grave desde os anos 30.

Depois da abertura do encontro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que esperava que Bush fosse abordar a crise econômica e as dificuldades da Rodada Doha.

– Eu achei que ele ia fazer um discurso de despedida e falar um pouco da crise econômica e o que o governo americano pretende fazer. Mas ele fez a opção de voltar a falar de terrorismo – lamentou Lula.

Em reunião com Ban Ki-Moon, Lula enfatizou a importância de uma reunião imediata do Conselho Econômico e Social da ONU com os ministros da Fazenda e presidentes de Bancos Centrais de para discutir o assunto.

AGÊNCIA EFE
 
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