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 | 23/09/2008 15h43min

Setor bancário considera risco médio de contágio do Brasil pela crise nos Estados Unidos

Pesquisa foi divulgada nesta segunda pela Febraban

Uma pesquisa feira pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), divulgada nesta terça, dia 23, mostra que a maior parte do setor bancário brasileiro (56%) acredita que o risco da economia brasileira ser contagiada pela crise financeira dos Estados Unidos. Outros 28% dos bancos acreditam em risco baixo e a menor parte (17%), em risco alto.

De acordo com o levantamento, com relação ao cenário interno, 70% das instituições financeiras apostam em descompasso entre oferta e demanda. O mesmo porcentual crê em desvalorização da taxa de câmbio. Com isso, a taxa de câmbio projetada na pesquisa passou de R$ 1,63 em julho para R$ 1,74. E 61% dos 26 bancos pesquisados projetam redução da oferta de crédito, com aumento na inadimplência dos empréstimos esperada por 43% das instituições.

Além disso, 39% das instituições financeiras acreditam em pressão sobre os chamados preços administrados, como tarifas de água, energia e telefonia. A expectativa para IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), que condiciona essas tarifas, caiu de 12,10% para 10,24%. E 35% dos pesquisados responderam que deve haver pressão inflacionária sobre os preços de alimentos. A previsão para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do governo, também caiu: de 6,48% na pesquisa de julho para 6,19%.

A projeção para a taxa básica de juros da economia para este ano se manteve em 14,75%. Para 2009 é mais baixa, em 13,75%. A expectativa de crescimento econômico foi revisada para cima pelos bancos. Passou de 4,79% para 5,15%. O setor industrial deve puxar a fila, seguido pelo agronegócio e pelo setor de serviços. Para 2009, a expectativa é menor, de 3,75%.

Outro indicador que teve as expectativas reduzidas foi o das reserva internacionais do Brasil. Caiu de US$ 211 bilhões em julho para US$ 210 na pesquisa divulgada nesta terça.

Cenário internacional

No cenário internacional, 91% dos bancos pesquisados acreditam que há espaço para uma evolução da crise financeira nos Estados Unidos. Para 78% deles, deve ocorrer uma redução da liquidez mundial e, para 61%, uma desaceleração do crescimento na China. Para 52% dos bancos brasileiros deve haver redução no crescimento da economia global, mesmo porcentual que considera eminete o risco de recessão no mundo.

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