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 | 22/09/2008 21h35min

Congresso e Casa Branca aproximam posições sobre plano de resgate

Bush pediu cláusulas sem relação com a crise financeira não sejam incluídas no projeto de lei

O governo dos Estados Unidos aceitou hoje algumas propostas democratas para um dos maiores resgates financeiros da história, depois que os líderes do Congresso se recusaram a dar um cheque em branco ao Executivo. Hoje, por meio de um comunicado com o objetivo de marcar o debate público do dia, o presidente americano, George W. Bush, insistiu ainda na necessidade de atuar "rapidamente".

Ele pediu aos legisladores que não incluam cláusulas sem relação com a crise financeira no projeto de lei discutido no Congresso ou disposições que prejudiquem sua efetividade. Entretanto, os democratas deixaram claro que não vão assinar um cheque de US$ 700 bilhões, volume do pacote negociado, para que o Governo faça o que quiser.

— Seria algo sem precedentes lhe dar US$ 700 bilhões para, virtualmente, um indivíduo sem nenhum tipo de supervisão, transparência e prestação de contas — declarou o democrata Christopher Dodd, presidente do Comitê de Bancos do Senado, em uma entrevista à rede de TV "CBS".

Nesta declaração, Dodd se referia a Henry Paulson, secretário do Tesouro americano, cujo plano inicial, de apenas duas páginas e meia, preservava a máxima flexibilidade para o uso dos fundos sem nenhum tipo de mecanismo de revisão das decisões a serem tomadas para combater a crise. Após um dia de intensas negociações, Paulson aceitou a criação de um comitê de supervisão, segundo Barney Frank, presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara Baixa.

Os democratas também o convenceram de que o governo deve ter participações nas empresas as quais fornecerá ajuda. Desta forma "se a companhia se tornar rentável, receberemos um pouco mais" por correr o risco, explicou Frank. Além disso, o Tesouro reconheceu, segundo Frank, que é necessário dar mais assistência aos proprietários de imóveis que correm o risco de perder a casa por não terem como efetuar os pagamentos.

O Tesouro não confirmou se foi possível chegar a um acordo nessas questões. Frank disse que Paulson, que foi executivo-chefe do banco Goldman Sachs antes de assumir seu atual cargo, não aceitou limitar os salários dos diretores das empresas que recebam a assistência, como reivindicaram os democratas.



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