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 | 22/09/2008 16h06min

Mais de 500 mil pessoas visitam a maior feira agropecuária do Uruguai

Missão técnica brasileira acompanhou julgamentos e negócios no evento

Cristiano Dalcin, Montevidéo (Uruguai)  |  reportagem@canalrural.com.br

A maior feira agropecuária do Uruguai terminou neste domingo, dia 21, em Montevidéu. Durante 11 dias, mais de meio milhão de pessoas visitaram a Expo Prado. Entre elas, uma missão técnica brasileira que acompanhou julgamentos e negócios da exposição.

O grupo visitou o Parque do Prado, uma área de oito hectares, perto do centro da capital uruguaia. Foi o final de uma semana de viagem pelo interior do país. Produtores rurais, técnicos e representantes do governo do Rio Grande do Sul ficaram surpresos com a qualidade dos animais. Este ano, mais de 1,7 mil participaram da exposição.

As vendas movimentaram US$ 523 mil, o equivalente a R$ 941 mil. O faturamento foi menor do que no ano passado, mas, segundo os organizadores, o preço de venda foi maior. Pela primeira vez, a raça angus trouxe mais exemplares que a hereford, a mais popular do país. O brasileiro Fábio Gomes, da Cabanha Catanduva, participa da Expo Prado há oito anos.

– A Catanduva foi a primeira cabanha brasileira que exportou embriões para o Uruguai e foi a única cabanha brasileira que exportou embriões para o Canadá. Então, essa terneira que está em pista, a campeã terneira é a primeira geração de animais de genética catanduva que são expostos aqui no Prado.

Como o número de animais de fora do Uruguai ainda é pequeno, a associação rural, que organiza a feira, defende mudanças nos acordos sanitários para facilitar o trânsito entre os países do Mercosul.

– Tem que ser muito mais ágil, menos burocrático, tem que ser livre a circulação de animais de uma exposição como a Expointer, Expo Prado ou Expo Palermo, tem que ser muito mais ágil – afirma Gusmán Tellechea Otero, presidente da Associação Rural.

A Expo Prado também serviu como exemplo para uma polêmica que envolveu peões e animais na Expointer, realizada no Rio Grande do Sul. O Ministério do Trabalho advertiu cabanhas que não ofereceram alojamentos adequados para os funcionários.

Nos pavilhões, encontra-se uma realidade bem diferente daquela que se conhece nas feiras agropecuárias brasileiras. Os peões não comem e nem dormem nas baias, ao lado dos animais. Este é um local apenas de trabalho.

O tratador Martin Cassas faz um rodízio com outros dois colegas para cuidar dos animais, desta forma sempre tem alguém descansando. E durante a madrugada, um vigilante circula pelos galpões.

– Nós temos um pavilhão dos cabanheiros onde ficam todos os cabanheiros, em dormitórios – relata Cassas.

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