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 | 14/02/2003 23h19min

ONU volta a discutir crise no Golfo em audiência pública

Na próxima terça, dia 18, a Organização das Nações Unidas (ONU) vai discutir a crise entre Estados Unidos e Iraque em uma audiência pública com os países-membros. Cada nação poderá falar se as inspeções no país comandado por Saddam Hussein devem ou não continuar.

O Conselho de Segurança estará reunido mais uma vez também na próxima semana, com o objetivo de debater nova resolução, apoiada por EUA e Grã-Bretanha. O texto autoriza o uso de força para desarmar o país do Golfo Pérsico. Para que o texto entre em vigor, são necessários nove votos a favor, com menhum contra vindo dos países permanentes. França, Rússia e China, que integram esta ala do grupo, podem usar seu poder de veto para barrar a resolução.

Apesar do provável conflito ser entre EUA e Grã-Bretanha contra o Iraque, importantes decisões serão tomadas na Europa. Os 15 países da União Européia discutem a questão na segunda, dia 17, em Bruxelas. Antes disso, neste sábado, a Organização dos Países do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) avalia um pedido dos EUA para repassar armas de defesa à Turquia, o único país do grupo que tem fronteira com o Iraque.

A sexta, 14 de fevereiro, foi um dia histórico para a ONU. Na reunião do Conselho, o inspetor-chefe Hans Blix e o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, Mohamed El-Baredei, leram seus relatórios sobre as missões que procuraram listar o arsenal de Saddam. Os relatos dificultaram a ação americana na casa, pois o presidente George Bush queria usar o relatório como argumento para propor uma resolução declarando que o Iraque viola a resolução 1441. O texto restringe as armas que o país pode ter para a sua defesa.

Após uma rodada de pronunciamentos, o francês Dominique de Villepin afirmou que os inspetores precisam de mais tempo. Para ele, é necessário um novo encontro do grupo dentro de um mês. Nesta reunião, um novo relatório de Blix seria apreciado.

– O uso da força não é justificado neste momento e existe uma alternativa à guerra: desarmar o Iraque por meio das inspeções – afirmou Villepin.

Ele foi aplaudido pelos membros do conselho. Na disposição do salão, o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, ficou separado por apenas uma cadeira vazia da delegação iraquiana. Após a reunião, Powell falou para os jornalistas, Bush discursou direto da sede do FBI e o vice-primeiro ministro do Iraque, Tariq Aziz, conversou com a imprensa em Roma. O único católico do governo iraquiano conversou com o Papa nesta sexta.

 
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