O presidente Lula foi o último a discursar na inauguração oficial da P-53, em Rio Grande. Bastante inflamado, ele destacou a importância da plataforma para o desenvolvimento do país. Segundo Lula, há cerca de cinco anos, "ninguém imaginava que fosse possível construir um projeto desse porte". 

— Depois dos discursos, eu quero tirar uma foto com toda a equipe na frente da plataforma, pois isso aqui é um monumento da capacidade brasileira, um monumento da inteligência brasileira — afirmou.

Lula aproveitou a oportunidade para comentar a crise no mercado financeiro dos Estados Unidos nos últimos dias, e que gerou turbulência em todo o mundo. O presidente admitiu que uma recessão americana pode atingir o Brasil, mas garantiu que as conseqüências serão pequenas. 

— Temos que ficar preocupados se houver uma recessão nos Estados Unidos, pois eles têm a maior economia do mundo. Se houver essa recessão, o mundo todo terá prejuízos. Mas o que aconteceria há oito anos? Certamente já estaríamos quebrados — disse.

— Vejo com uma certa tristeza bancos importantes que passaram a vida dando palpite sobre o Brasil, dizendo o que gente deveria fazer ou o que a gente não deveria fazer, medindo o risco deste país, fazendo propaganda para investidores se o Brasil era ou não confiável. (...) E é com muita tristeza que esses palpiteiros estão quebrando, estão entrando em concordata — disse.

O presidente culpou a especulação financeira e o capital volátil pela crise.

— (Os bancos) determinaram nos últimos anos no mundo não que o capital pudesse circular livremente gerando riqueza, mas determinaram que a especulação financeira, o cassino do sistema financeiro internacional pudesse determinar a lógica da economia — acrescentou.

A chegada da P-55, outra plataforma que deve atracar em Rio Grande em 2009, também foi alvo do discurso de Lula. Segundo ele, a P-55 irá garantir a manutenção dos empregos na região.

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