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 | 16/09/2008 07h53min

Analistas orientam como agir em meio à turbulência

Oscilação no mercado merece cuidados

Como a turbulência no mercado deve continuar e a crise norte-americana tende a levar mais de um ano para ser depurada, analistas recomendam para quem investiu no mercado de ações, para não perder dinheiro, comportamento de monge budista e esperar por pelo menos um a dois anos para voltar a ter ganhos com seus investimentos em ações.

Quem tem dinheiro para investir e é avesso a tensões mais fortes não deve, neste momento, procurar os pregões. A melhor alternativa, nesse caso, seria procurar um porto mais seguro, conforme indicam especialistas.

Diante das turbulências, analistas sugerem para os investidores que se sentem inseguros aplicar no Tesouro Direto (títulos do governo), que deve oferecer um bom rendimento e com segurança. Segundo o economista-chefe do Banco Pátria, Luis Fernando Lopes, o melhor seria buscar títulos do governo, que oferecem um ganho de até 15%, e ainda sem os sobressaltos da renda variável.

A tendência, na avaliação do economista, é de que o Banco Central eleve ainda mais a taxa básica de juro (Selic), nas próximas reuniões do Copom, o que pode melhorar o rendimento dos títulos públicos.

Entenda o quadro no país

> No Brasil, os bancos norte-americanos que estão no foco da turbulência, o Lehman Brothers e a Merril Lynch, têm poucas operações.

> O Lehman Brothers não tem nem mesmo registro como instituição financeira no Banco Central (BC). Ou seja, não é considerado banco no Brasil.

> A Merril Lynch já trabalha como banco no país, mas com poucos ativos. De acordo com dados financeiros enviados ao Banco Central, a instituição tem ativos de R$ 3,176 bilhões no Brasil. Isso representa apenas 0,75% do total que o Banco do Brasil, o maior banco do país, tem – R$ 423,445 bilhões.

> A última vez em que um banco quebrou no Brasil foi há mais de quatro anos. O Banco Santos foi liquidado pelo Banco Central porque tinha um rombo de R$ 2,2 bilhões causado, entre outros fatores, por irregularidades no balanço financeiro da instituição. Logo após a operação, a avaliação dentro do BC era de que o sistema financeiro do país estava “limpo”, ou seja, que não havia mais riscos de novas quebras.

> Os problemas financeiros na American International Group (AIG), maior seguradora americana e que foi duramente atingida pela crise dos Estados Unidos, não representam risco aos negócios da Unibanco AIG Seguros & Previdência, segundo o Unibanco informou ontem. Embora os dois grupos tenham participações quase iguais no seu capital – são sócios numa joint venture – o Unibanco informa ter o controle da companhia, que é seu braço nos ramos de seguro e previdência no mercado nacional.

> A Unibanco AIG é o quarto no ranking brasileiro de seguradoras e ocupa a mesma posição entre as empresas de previdência privada. Segundo o Unibanco, os planos de seguros e de previdência geridos pela empresa têm suas reservas técnicas integralmente aplicadas em títulos nacionais. “Os planos de previdência da Unibanco AIG, sejam PGBLs ou VGBLs, não detêm títulos de empresas no Exterior”, informou o banco.

 
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