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 | 14/02/2003 13h54min

Blix diz que paradeiro de armas proibidas do Iraque é desconhecido

Chefe dos inspetores levantou dúvidas sobre evidências apresentadas por Colin Powell

O chefe dos inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU), Hans Blix, afirmou ao Conselho de Segurança nesta sexta, dia 14, que muitas armas e itens proibidos pela ONU têm paradeiro desconhecido. Segundo o inspetor-chefe, o Iraque precisa divulgar informações detalhadas sobre antraz, gás VX e mísseis de longa distância.

– As questões sobre antraz, agente nervoso VX e os mísseis de longo alcance (são)...talvez o problema mais importante que estamos enfrentando. O Iraque deve enfrentar essa questão de modo direto e evitar diminuir as questões.

Blix também confirmou que os mísseis Al Samoud 2 do Iraque excedem o alcance permitido pela ONU.

Em depoimento ao conselho sobre o progresso que seus inspetores fizeram no Iraque, Blix afirmou não possuir evidências convincentes de que o Iraque sabia de antemão que os inspetores iriam ao país e que suas equipes (de inspeção) estavam "efetivamente ajudando a reduzir a falta de conhecimento sobre armas iraquianas''. No pronunciamento, o chefe de inspetores de armas da ONU levantou dúvidas sobre a relevância de algumas informações apresentadas pelo secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, sobre o programa de armas do Iraque.

Blix disse que as duas imagens de satélite mostradas por Powell ao conselho no dia 5 de fevereiro não provam que o Iraque estava retirando munições proibidas do local.

Ele disse que as informações de inteligência de governos, como o dos Estados Unidos, são bem-vindas, mas afirmou:

– Inspetores, por sua vez, devem basear seus relatórios apenas em evidências, que eles mesmo podem examinar e apresentar publicamente.

Os termos empregados por Hans Blix e pelo inspetor-chefe de monitoramento nuclear da ONU, Mohamed ElBaradei, na reunião do Conselho são cruciais para determinar se o órgão vai ampliar as inspeções de armas no Iraque ou apoiar os Estados Unidos e a Grã-Bretanha numa guerra. França, Rússia e China, os outros três países com poder de veto no Conselho, preferem triplicar o número de inspetores e enviar tropas internacionais para vigiar locais suspeitos no Iraque.

Em 27 de janeiro, Blix declarou ao Conselho que o Iraque ainda não havia cumprido totalmente suas obrigações de desarmamento e não respondia a questões centrais sobre seus programas de armas químicas e biológicas. As informações são da agência Reuters.

 
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