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 | 09/09/2008 17h10min

Dólar fecha a R$ 1,772, maior valor desde janeiro

Alta da moeda americana nesta terça foi de 2,07%

Atualizada às 20h53min

A correção do euro em relação ao dólar nesta terça-feira não foi suficiente para contagiar as operações no mercado interbancário de câmbio brasileiro, em que a divisa americana voltou a se valorizar em relação ao real.

O quadro de aversão ao aumento de risco continuou nesta terça-feira, afetando os principais mercados acionários globais, as commodities e ativos de países emergentes. Houve fuga generalizada de investidores para aplicações consideradas mais seguras.


Veja a análise do mercado com Marçal Alves Leite:


No câmbio interbancário, o dólar comercial fechou o dia com alta de 2,07%, a R$ 1,772 – o maior valor desde 30 de janeiro de 2008, quando fechou a R$ 1,78. Na máxima, chegou a ser negociado a R$ 1,775, em alta de 2,25%. Na mínima atingiu R$ 1,739 (alta de 0,17%).

Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar subiu a R$ 1,772 (alta de 2,10%). De acordo com informações do mercado, o giro interbancário totalizava US$ 3,493 bilhões por volta das 16h30min. 

— O que se vê é o investidor estrangeiro saindo de bolsa para renda fixa ou para o dólar futuro, o que leva à elevação da moeda frente ao real — disse o gerente da mesa de câmbio da corretora Souza Barros, Vanderlei Arruda.

O mercado acionário brasileiro acompanhou a deterioração das principais praças financeiras globais, que afundaram hoje após a reação positiva ontem ao pacote de ajuda do governo americano às agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac.

Em Wall Street, o índice Dow Jones cedia 2,29% por volta das 17h. A queda nos preços de matérias-primas (commodities) piorava ainda mais o cenário para a Bolsa brasileira. Em Nova York, o contrato futuro de petróleo com vencimento em outubro recuou 2,90%, a US$ 103,26 o barril.

Participantes do mercado citaram saídas razoáveis de recursos hoje, principalmente após as 15h, o que fez o dólar alcançar as máximas do dia em relação ao real. O operador de um banco em São Paulo notou uma aversão a risco considerável do setor corporativo. 

— A impressão é de que há um temor em relação a cotação chegar a R$ 1,80 — disse.

O Banco Central (BC) realizou leilão de compra no mercado à vista de câmbio, com taxa de corte igual a R$ 1,7592. De acordo com operadores, não foi aceita nenhuma proposta entre as sete taxas divulgadas por seis bancos, que variaram de R$ 1,7595 a R$ 1,7620.

As outras 11 instituições financeiras que participaram da operação não informaram suas ofertas. A estimativa é de que o BC tenha comprado aproximadamente US$ 54 milhões no leilão de hoje.

Agência Estado
 
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