Depois de cinco meses consecutivos de alta, as vendas totais de veículos no país recuaram em agosto. No período, os negócios somaram 427,6 mil unidades, o que representa queda de 14% em relação a julho. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, porém, as vendas foram 7,61% maiores.

Divulgados ontem pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), os dados consideram os novos emplacamentos no mercado doméstico e incluem carros, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários — item que engloba, por exemplo, carrocerias e baús.

Segundo a Fenabrave, os resultados de agosto indicam que, depois de bater sucessivos recordes mensais, o mercado automotivo pode ter entrado num ciclo de estabilização.

— A acomodação é boa. É bom que não haja mais excesso de demanda para não gerar distorções — afirmou o presidente da entidade, Sérgio Reze.

No ano até agosto, as vendas totais de veículos atingiram pouco mais de 3,33 milhões de unidades, equivalentes a uma alta de 25,48% em relação ao mesmo período de 2007.

Para Reze, a acomodação não altera a previsão para o ano, de venda de mais de 3 milhões de automóveis – novo recorde histórico. Até agosto, foram 1,5 milhão.

— Esse patamar não vai cair como aconteceu no boom de 1997, quando logo em seguida veio a crise no setor.

Apenas as vendas de carros e comerciais leves somaram 231 mil unidades em agosto, redução de 15,34% em relação a julho. Na comparação com igual mês do ano passado, as vendas desses dois segmentos subiram 3,19%. Até agosto, os negócios de autos e comerciais leves somam mais de 1,842 milhão de unidades, 26,31% de alta em relação às vendas nos primeiros oito meses de 2007.

A Fiat liderou os negócios de automóveis e comerciais leves no acumulado dos primeiros oito meses. A montadora encerrou agosto com fatia de 24,99% nos dois segmentos, enquanto a Volkswagen aparece em segundo lugar, com 21,89%. A GM está em terceiro lugar no ranking, com 21,23% do mercado.