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 | 03/09/2008 16h57min

Dólar fecha a R$ 1,678, maior patamar desde maio

Moeda americana teve aumento de 0,9% nesta quarta-feira

Atualizada às 17h34min

O mercado de câmbio à vista brasileiro voltou a fechar com a moeda americana valorizada nesta quarta-feira, pela quinta sessão consecutiva no caso do dólar comercial. Nem a trégua no fortalecimento da divisa americana em relação ao euro e ao iene evitou a alta da moeda contra o real, com os investidores atentos à queda nos preços de várias commodities (matérias-primas). As cotações à vista também foram influenciadas por operações relacionadas a transações de opção de dólar.

Nesse contexto, o dólar comercial encerrou em alta de 0,9%, a R$ 1,678 — maior nível de fechamento desde 9 de maio, informa o site G1. A moeda oscilou nesta quarta da mínima de R$ 1,66 à máxima de R$ 1,68. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista subiu 0,77%, para R$ 1,676. O volume financeiro somou US$ 5,070 bilhões.

A contínua queda nos preços de petróleo e notícias de que um grande fundo de hedge com atuação em commodities fechou (o que pode derrubar mais os preços das matérias-primas) ampararam a valorização do dólar ante o euro e a libra nesta manhã.

No caso do euro, as cotações ainda foram afetadas por dados econômicos da região. Na mínima, o euro chegou a US$ 1,438. Ao longo da sessão, contudo, esse movimento amenizou, e às 16h40min (de Brasília), o euro era negociado praticamente estável, a US$ 1,45. No caso do iene, o dólar mostrava alguma fraqueza, em razão do impacto da queda das commodities no apetite por risco, sendo negociado em baixa, a 108,23 ienes.

As operações domésticas também eram afetadas pelo declínio das commodities, mas, diferentemente da relação dólar/iene, o recuo enfraquecia a moeda local perante a divisa americana.

Não custa lembrar que a pauta exportadora brasileira é dominada por matérias-primas, logo, um decréscimo expressivo nos preços pode afetar as contas do comércio exterior e o fluxo de dólares via setor comercial para o país.

Hoje, o noticiário relacionado às commodities ganhou mais uma novidade. E não foi boa. O Wall Street Journal informou que a gestora de fundos de hedge Ospraie Management, uma das maiores participantes do mercado de commodities, está fechando seu maior fundo, após baixas significativas.

O fundo Ospraie perdeu 27% em agosto com apostas em petróleo, gás natural e produtos estruturados e tem vendido suas participações nas últimas três semanas, possivelmente contribuindo para o declínio nos preços.

Também hoje, o Banco Central informou que o fluxo cambial fechou o mês de agosto positivo em US$ 1,944 bilhão.

O resultado teve a contribuição negativa de US$ 2,150 bilhões da conta financeira, decorrente de compras de US$ 47,241 bilhões e vendas de US$ 49,390 bilhões.

Na conta comercial, foi registrado o ingresso de US$ 4,094 bilhões em agosto de 2008, resultado de exportações de US$ 16,021 bilhões e importações de US$ 11,927 bilhões.

No acumulado de janeiro a agosto, o fluxo cambial registra entrada líquida de US$ 14,385 bilhões, fruto da contribuição positiva de US$ 36,281 bilhões da conta comercial e saída líquida de US$ 21,896 bilhões da conta financeira.

Agência Estado
 
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