| 31/08/2008 10h36min
A forte concorrência no setor bancário para ganhar o cliente do crédito imobiliário tem feito as instituições financeiras usarem estratégias agressivas para aumentar suas carteiras. A principal filosofia tem sido a de se antecipar ao desejo do cliente de adquirir a casa própria. Isso se traduz na oferta de milhares de reais de crédito pré-aprovado aos potenciais compradores. No ano passado, cerca de 860 mil clientes do banco receberam mala-direta ou e-mail com ofertas de operações pré-aprovadas de crédito imobiliário.
— Pré-aprovar limites é uma forma de facilitar o crédito. Desde que se instituiu a alienação fiduciária (modalidade de garantia que substitui a hipoteca), focamos no mercado de empréstimo para construção e para pessoa física — diz Josué Augusto Pancini, diretor da área de empréstimos e financiamento do Bradesco.
Com essa visão, segundo dados da própria instituição, o Bradesco aumentou a participação no mercado de financiamento habitacional à pessoa
física de 7,7%, em 2005, para
12,8% em 2008. Já o Banco Real investe na participação de salões imobiliários pelo país para divulgar o serviço do banco. No Salão Imobiliário de São Paulo do ano passado, por exemplo, o banco conseguiu fechar cerca de 2 mil contratos com valor médio de R$ 100 mil.
— Mobilizamos força de venda, estrutura de gerentes e ferramentas para oferecer produtos e até finalizar operações . Nossa expectativa este ano é crescer 40% e aumentar nossa fatia de mercado, que hoje é de 10,45% — diz Antônio Barbosa, superintendente-executivo de crédito imobiliário do banco.
A união de construtoras e bancos tem sido uma forma eficiente de alavancar as vendas de imóveis e contratações do crédito imobiliário. O financiamento na planta ao comprador pelo banco funciona como argumento de venda, porque torna o crédito mas ágil. Essa frente é, aliás, fortemente adotada pela Caixa Econômica Federal para ampliar a aplicação dos recursos voltados à casa própria.
No balanço do
primeiro semestre, a Caixa aplicou R$
9,181 bilhões em financiamento habitacional, 34% mais que o mesmo período do ano passado. O crescimento da aplicação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço em habitação foi de 47% em relação a 2007: R$ 5,4 bilhões. Já o da poupança foi de 33%: R$ 3,4 bilhões. O banco espera ainda gastar mais R$ 11,2 bilhões até o fim do ano.
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