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 | 30/08/2008 22h23min

Presidente do STF marca reunião com Lula sobre grampo

O clima na mais alta corte do Judiciário brasileiro é de perplexidade

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, cancelou viagem oficial que faria à Coréia do Sul neste domingo após reportagem publicada pela revista Veja revelar que ele foi espionado por funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Conforme o site G1, Mendes afirmou já ter conversado pelo telefone com o presidente Lula e marcado reunião para discutir o assunto na semana que vem.


Na segunda-feira será convocada reunião do conselho de ministros do supremo para aprovar a resposta oficial contra o que os magistrados consideram um atentado à democracia. O clima na mais alta corte do Judiciário brasileiro é de perplexidade


Segundo a Veja, os agentes da Abin bisbilhotaram o gabinete de Gilmar Mendes e grampearam todos os telefones dele no Supremo Tribunal Federal. A revista trancreve um diálogo do presidente do STF com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), gravado em julho e repassado à Veja por um servidor da própria Abin que pede para ficar anônimo.


A revista divulgou que escuta teria sido produzida durante uma parceria feita entre a Abin e a Polícia Federal na operação que resultou na prisão do banqueiro Daniel Dantas. Os investigadores estariam descontentes com a decisão do ministro Gilmar Mendes de mandar soltar o banqueiro. Mendes e Torres confirmaram a existência da conversa.


A reação do presidente do STF foi de indignação.


— Nesse caso eu acho que o próprio presidente da república é chamado às falas, eu acho que ele precisa realmente tomar providências.


Teriam sido grampeados também o chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, e os ministros Dilma Rousseff, da Casa Civil, e José Múcio, das Relações Institucionais.


O Palácio do Planalto ainda não se pronunciou sobre a reportagem. A Polícia Federal informou que só faz escuta telefônica com autorização judicial e que estuda abrir investigação. Em nota, o diretor-geral da Abin reiterou a confiança nos funcionários da instituição. Mas determinou a abertura de sindicância para investigar o envolvimento de servidores da agência.

 
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