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 | 28/08/2008 09h53min

Candidatos à prefeitura de Campo Grande apostam no agronegócio

Imposto fiscal, carga tributária, infra-estrutura, logística, seguro e renda estão entre os temas primordiais, avalia representante do setor

Luiz Patroni/Campo Grande (MS)  |  reportagem@canalrural.com.br

Cinco candidatos com pensamentos diferentes, mas com objetivos em comum: conquistar a confiança da população e a prefeitura de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Para isso, os concorrentes apostam em propostas para ajudar no desenvolvimento do agronegócio da cidade - onde mais de 90% dos habitantes moram na área urbana, mas segue com papel de destaque na atividade rural.

Nelsinho Trad

O atual prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad, tenta a reeleição. Formado em Medicina, o candidato do PMDB tem 46 anos de idade, é casado, e tem dois filhos. Já foi três vezes vereador na capital e uma vez deputado estadual. Para fortalecer o agronegócio na região, quer fomentar a atividade entre os pequenos produtores.

– Nós fomos ver como funciona o sistema no interior do Ceará, do Agropolo, e trouxemos para a nossa realidade o projeto Campo Grande e Produtivo, onde nós vamos fazer um diagnóstico nos locais que têm uma potencialidade de produção, a fim de fomentar o pequeno produtor acompanhando a tecnologia e também a drenagem da sua produção – explicou Trad.

Pedro Teruel

Aos 60 anos de idade, o deputado estadual Pedro Teruel é o candidato do PT. O parlamentar, que exerce seu terceiro mandato, já foi secretário de infra-estrutura de Mato Grosso do Sul e vereador em Campo Grande. É casado, tem dois filhos, formou-se em Engenharia Mecânica, Direito e Administração, e promete dar atenção especial para a manutenção de estradas, e incentivar a produção de hortifrutigranjeiros.

– Grande parcela do que vem de hortifrutigranjeiro vem do Estado de São Paulo, por incrível que pareça. Então, a prefeitura tem que incentivar, estimular e apoiar o Anel Cinturão Verde para que tenha mais produção local, e Campo Grande tem muitos terrenos baldios, tem muita área verde – diz.

Iara Costa

Única mulher na disputa, Iara Costa concorre pela primeira vez à prefeitura de Campo Grande. Aos 43 anos de idade, a candidata do PMN é solteira, mãe de três filhos e não tem Nível Superior completo. Iara aponta que o melhor caminho para fortalecer o agronegócio municipal é através do incentivo aos pequenos produtores e da redução de alíquotas.

– Embora Mato Grosso do Sul seja um Estado tipicamente voltado para o agronegócio, Campo Grande vem passando ultimamente por um processo de industrialização muito forte. Então, nós pretendemos fazer o caminho inverso. Não que nós vamos desestruturar a industrialização, nada disso, mas nós pretendemos cada vez mais fortalecer o agronegócio. Os pequenos produtores, os médios produtores, nós vamos cada vez fortalecê-los mais para que a gente possa trazer com eles mais empregos. Emprego para a família de quem gera a produção no campo, e aí com isso nós fortaleceremos o agronegócio de uma maneira geral.

Suel Ferranti

Ele é servidor público federal. Formado em História, entrou para a política em 1980 e, desde então, já disputou os cargos de vereador, deputado federal e senador. O candidato do PSTU concorre pela segunda vez à prefeitura de Campo Grande. Tem 50 anos de idade e é solteiro. Para alavancar a produção de alimentos na capital, Ferranti pretende investir no desenvolvimento da agricultura familiar.

– Olha só, isso passa realmente pela questão do fomento da agricultura familiar, que é justamente isso que traz, no caso também, o abastecimento tanto do hortifrutigranjeiro, como todo também para Campo Grande (que é abastecido por São Paulo). Então, justamente será focado neste tema, que é a agricultura familiar, voltada também para a questão de hortifrutigranjeiro e a questão da produção de cereais. Nós queremos justamente isso, fechar esta discussão, voltados justamente à micro à pequena produção dos cereais, que seriam o feijão o arroz – projeta o candidato.

Henrique Martini

Candidato do p-sol, Henrique Martini concorre pela primeira vez à administração municipal. O servidor público federal tem 45 anos, é divorciado e não tem Nível Superior completo. Ingressou na política em 1982, e em 2004 ajudou a fundar o partido Socialismo e Liberdade. Martini é a favor de medidas que incentivem a fixação do homem no campo e sobre a redução da carga tributária para o setor.

– Nós temos uma boa produção de soja, arroz, mandioca, de leite, ovos, mel de abelha. Então nós temos que incentivar a produção disso, fomentar esta comercialização, redução de ICMS para a comercialização desta indústria e ajudar no transporte, lá da área produtiva, da horta que produz, até o mercado, até o Ceasa para que as pessoas consigam então desaguar os seus produtos. Vamos fazer, fomentar o incentivo, para trazer os produtos da área produtiva para a capital, para vender na Ceasa, fazendo a redução desse ICMS. Para que partir daí as pessoas tenham condição de aumentar a sua produção – defende.

No dia 5 de outubro, 509,91 mil eleitores deverão decidir quem irá assumir a administração de Campo Grande pelos próximos quatro anos. O vencedor será conhecido no primeiro turno se obtiver a maioria absoluta dos votos. Caso contrário, a eleição segue para o segundo turno. Os candidatos disputam a preferência do eleitor e o direito de ocupar o lugar mais importante na prefeitura, de onde o escolhido vai comandar os rumos da cidade, buscando, entre outros desafios, promover o avanço do agronegócio no município.

Para os representantes do setor, como o vice-presidente da Famasul, Eduardo Riedel, o comprometimento com a classe produtora deve conduzir as ações, que não podem se distanciar de algumas demandas em especial:

– Fiscal, tributário, infra-estrutura e logística, seguro, renda de uma maneira geral. Eu acho que estes são os grandes temas pro agronegócio que devem ser priorizados por qualquer governante – afirma Riedel.

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