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 | 25/08/2008 16h56min

Dólar sobe 0,31% e termina o dia cotado a R$ 1,633

Volume financeiro à vista encolheu 65%, para cerca de US$ 1,740 bilhão

Atualizada às 17h44min

O dólar terminou em alta ante o real pela segunda sessão consecutiva, mas os volumes de negócios diminuíram em relação aos registrados na sexta-feira. O dólar comercial subiu 0,31%, cotado a R$ 1,633, assim como o dólar negociado à vista na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). O volume financeiro à vista encolheu 65%, para cerca de US$ 1,740 bilhão.

O mercado cambial não gostou do déficit de US$ 840 milhões da balança comercial na quarta semana deste mês e ajustou posições compradas (credoras) em câmbio, dada a previsão de piora do déficit em conta corrente do país no ano e também em 2009, disse um operador.

Esse déficit resultou de US$ 3,731 bilhões em exportações (média diária de US$ 746,2 milhões) e US$ 4,571 bilhões em importações (média diária de US$ 914,2 milhões).

Com este resultado, o superávit comercial acumulado em agosto foi reduzido para US$ 1,279 bilhão, e o do ano, para US$ 15,932 bilhões. Em 12 meses, o superávit acumulado da balança é de US$ 31,042 bilhões.

Pesquisa Focus

A Pesquisa Focus do Banco Central (BC), divulgada nesta segunda-feira, corrobora o sentimento negativo sobre a conta corrente do país.

Há cinco semanas consecutivas, o déficit projetado pelo mercado para a conta corrente vem crescendo na Focus.

A pesquisa hoje mostrou que as projeções para o déficit em conta corrente no próximo ano aumentaram de US$ 33,42 bilhões para US$ 34,80 bilhões.

Há um mês, analistas esperavam déficit em conta corrente de US$ 31,5 bilhões. A piora dos números também foi sentida na projeção para 2008, que aumentou de US$ 25 bilhões para US$ 25,5 bilhões. Há um mês, a estimativa era de US$ 24 bilhões de déficit.

Os investidores também ficaram atentos ao Exterior, onde o dólar subiu ante o euro e as bolsas de valores caíram. Às 16h29min (de Brasília), o euro caía 0,34%, a US$ 1,4752.

Em relação à moeda japonesa, o dólar recuava 0,67%, a 109,35 ienes, enfraquecido pelos comentários do presidente do banco central do país asiático, Masaaki Shirakawa, de que o Japão poderá evitar uma séria desaceleração da atividade econômica.

Segundo um profissional, o recuo das bolsas internacionais, que atingiu a Bovespa, induziu compras de moeda no mercado doméstico, dada a preocupação com o futuro do setor financeiro americano e os indicadores ruins da economia européia e americana.

Na sexta-feira, o Columbian Bank and Trust tornou-se o nono banco americano a falir este ano. Quanto ao setor imobiliário, a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis dos EUA mostrou que, embora as vendas de imóveis usados tenham superado o previsto em julho, o estoque de imóveis disponíveis à venda subiu para nível recorde, sugerindo que os preços dos imóveis irão cair mais.

O relatório mostrou ainda que em julho o preço dos imóveis recuou, também desagradando o mercado.

Petróleo

A volatilidade do petróleo e o recuo de algumas commodities metálicas também balizaram os agentes do mercado. Em uma sessão volátil na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo terminou em alta de 0,45%, a US$ 115,11 o barril, reagindo ao alerta do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) de que "a Depressão Tropical 7 fortaleceu-se para se tornar a Tempestade Tropical Gustav".

Segundo o NHC, os alertas de tempestade tropical para o Haiti e a República Dominicana foram elevados para alertas de furacão.

O fluxo cambial negativo ao Brasil hoje em meio a um volume de negócios menor contribuiu ainda para pressionar as cotações da moeda americana.

Agência Estado
 
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