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 | 20/08/2008 16h28min

STF confirma resolução que veta nepotismo no Judiciário

Decisão deve ser seguida por todos as instâncias inferiores da Justiça

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram nesta quarta-feira por unanimidade declarar constitucional a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que proíbe o "exercício de cargos, empregos e funções por parentes, cônjuges e companheiros de magistrados e de servidores investidos em cargos de direção, chefia (termo incluído pelos ministros) e assessoramento".

Legislativo e Executivo

A decisão tem caráter vinculante e deve ser seguida por todos as instâncias inferiores da Justiça. Os ministros analisarão ainda hoje se ela será extensiva aos Poderes Legislativo e Executivo.

Inicialmente, os ministros reconheceram a competência do CNJ para apreciar a legalidade de atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário. Enfatizaram também que a proibição de nepotismo não precisa ser regulada por lei específica, por estar consagrada em princípios da Constituição Federal.

— O CNJ deu verbo ao que já é definitivo na Constituição. Não precisaria ter leis, bastaria ter decência no espaço público para que os princípios republicanos fossem respeitados — ressaltou a ministra Cármen Lúcia.

Segundo o ministro Celso de Mello, a resolução do CNJ ajuda a construir adequadamente a ordem democrática, pois condena a tentativa de "patrimonialização" do Estado.

— Cabe preservar as relações que os conceitos de espaço público e privado guardam entre si. A consagração do nepotismo na esfera institucional do poder político não pode ser tolerada e desrespeita os preceitos da igualdade e da moralidade — afirmou Mello.

AGÊNCIA BRASIL
 
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