Com projeção de faturamento recorde na Expointer, alguns bancos anunciaram recursos de sobra para sustentar o crescimento. Serão R$ 250 milhões do Banco do Brasil (BB) e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

O valor é superior aos R$ 211,5 milhões financiados por todos os bancos em 2007, mesmo sem a confirmação de verbas oferecidas por Banrisul e Sicredi. A exposição começa no dia 30 e vai até 7 de setembro no parque Assis Brasil, em Esteio, no Rio Grande do Sul.

Maior financiador de máquinas e animais, o Banco do Brasil colocou R$ 150 milhões, quase o triplo dos R$ 55 milhões aplicados em 2007. O BRDE está oferecendo R$ 100 milhões. Na feira do ano passado, os agentes financiaram R$ 91,5 milhões em máquinas e implementos agrícolas, além de animais. Outros R$ 120 milhões foram basicamente investimento em atividades nas propriedades como construção de açudes, barragens e projetos de armazenagem, negócios que não são computados no mapa final da Expointer.

Com o bom astral no campo em decorrência dos preços das commodities, do gado e do leite, empresários projetam R$ 235 milhões em negócios na exposição deste ano. O secretário estadual da Agricultura, João Carlos Machado, mantém R$ 250 milhões, quase 80% superior aos R$ 131,7 milhões de 2007. Mas alerta: dificuldades de acesso a recursos para o custeio e a negociação da Medida Provisória do endividamento podem ter reflexos.

Na indústria de máquinas, que estima faturar R$ 220 milhões, cerca de 80% dos negócios são feitos por meio de crédito bancário. O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul, Cláudio Bier, acredita que esses percentuais serão mantidos pelas condições facilitadas do crédito rural.