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 | 11/02/2003 10h54min

Otan adia reunião sobre o Iraque

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) adiou no último minuto uma reunião nesta terça, dia 11, para pôr fim ao impasse sobre os preparativos para proteger a Turquia no caso de guerra no Iraque. A decisão foi tomada pelo secretário-geral da Otan, George Robertson.

Robertson disse que a reunião, inicialmente marcada para 10h (7h, em Brasília), seria agora realizada às 16h30min a fim de dar tempo aos embaixadores para avançar em conversações informais. O encontro deve ser realizado um dia depois de França, Alemanha e Bélgica terem vetado a iniciativa da aliança de começar a enviar mísseis, aviões e equipes antiarmas químicas e biológicas para a Turquia.

O impasse na Otan representa um pesado golpe para a aliança de 54 anos e aponta para profundas desavenças em relação ao Iraque tanto entre a Europa e os Estados Unidos quanto entre os países europeus. O embaixador norte-americano para a Otan, Nicholas Burns, acusou a França, a Alemanha e a Bélgica de atirarem a aliança em uma crise de credibilidade poucas semanas depois de uma cúpula bem-sucedida realizada em Praga, capital da República Checa.

Para os três países europeus, a preparação desejada, mesmo que de caráter defensivo, sugeriria que eles haviam desistido dos esforços diplomáticos para evitar uma guerra. O presidente dos EUA, George W. Bush, se disse desapontado com o fato de a França ter bloqueado os preparativos da Otan para a guerra.

A Turquia, de onde sairia parte do ataque contra o território iraquiano, teme a possibilidade de ser alvo de agressões em sua fronteira sul. O país deseja que a Otan ao menos comece a elaborar planos para estacionar ali mísseis Patriot, aviões de vigilância Awacs e equipes que atuariam no caso de ataques biológicos ou químicos.

Quando a França, a Alemanha e a Bélgica vetaram esses planos, a Turquia invocou formalmente o Artigo 4 da Otan, que permite a realização de consultas por um país-membro que se veja sob ameaça. Nesta terça, o governo turco disse que a aliança tinha o dever moral e contratual de dar início a preparativos militares para defender um aliado leal. As informações são da agência Reuters e da CNN.  

 
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