| 19/08/2008 09h38min
A Polícia Federal (PF) resiste à liberação de todos os dados da reunião de 14 de julho. Na ocasião, o delegado Protógenes Queiroz, ex-chefe da Operação Satiagraha, teria sido pressionado por superiores a deixar o caso. A ordem para entrega das informações foi dada pelo juiz Fausto Martin De Sanctis, titular da 6ª Vara Criminal Federal.
Para manter em segredo o documento, os federais alegam existência de dados confidenciais da missão que duas vezes levou o sócio-fundador do Grupo Opportunity, Daniel Dantas, para a prisão, sob suspeita de lavagem de dinheiro, evasão, quadrilha e corrupção ativa. A PF sustenta que o CD guarda informações exclusivamente afeitas à corporação, não sendo pertinente acesso à defesa.
Ao solicitar o material, o juiz De Sanctis acatou pedido do criminalista Nélio Machado, defensor de Dantas. O Ministério Público Federal manifestou-se favorável à abertura dos dados.
O principal resultado da reunião foi o afastamento de
Protógenes. A medida levou o presidente
Lula a sugerir publicamente o seu retorno. Ele cobrou do delegado uma explicação.
No auge da crise Satiagraha, a PF deu publicidade a pouco mais de 2 minutos do encontro, trechos parciais que indicam desejo de Protógenes em se afastar espontaneamente do inquérito para dedicar-se ao Curso Superior de Polícia. A defesa de Dantas acha pouco e quer chegar a todos os detalhes que podem explicar bastidores da missão federal.
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